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Éderson foi o artilheiro do Brasileirão 2013 com a camisa do Atlético. | Albari Rosa/Gazeta do Povo
Éderson foi o artilheiro do Brasileirão 2013 com a camisa do Atlético.| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

Aparentemente, a primeira passagem do técnico Enderson Moreira pelo Atlético, no comando da equipe sub-20, em 2009, não produziu grandes efeitos no clube. Contudo, naquele mesmo ano, uma de suas ações ajudou a levar o time atleticano a obter excelentes resultados quatro anos depois. O quase homônimo atacante Éderson, artilheiro do Furacão e do Brasileiro em 2013, quando o clube conquistou vaga na Libertadores, é o grande legado da primeira passagem do novo treinador atleticano, que substituiu o demitido Claudinei Oliveira, anunciado terça-feira (17) como o novo treinador do Vitória (BA).

Recém-saído do centro cirúrgico para uma intervenção no joelho, o jovem Éderson, então com 20 anos, compunha o time principal sob comandado por Antônio Lopes. Sem oportunidades, o jogador estava desmotivado, até ser levado por Enderson ao time sub-20.

“Ele estava treinando separado e colocamos para jogar. Já tinha visto o Éderson atuando em outras categorias, conversei com ele e com o Ricardo [Drubscky, coordenador das categorias de base na época]. Ele jogou e foi o artilheiro”, afirma Pedrinho Maradona, então auxiliar de Enderson.

O jogador comenta a importância que a oportunidade teve em sua carreira. “Foi um momento legal. Eu estava no profissional e conversei com o Lopes para poder jogar no time do Enderson. Pude jogar bastante e fui até capitão. Isso me deu ritmo, resgatei a confiança e fiz muitos gols”, lembra.

No ano seguinte, Éderson foi emprestado para o ABC-RN, onde ficou duas temporadas, Depois, foi ao Ceará, voltou ao ABC e quando Drubscky assumiu o clube, em 2012, bancou a sua permanência.

“Falar dele não é difícil, pois me ajudou muito e me deu oportunidade para voltar a jogar. Ele entende muito de bola e torço demais pelo seu sucesso”, comentou o atacante, atualmente emprestado ao Al Wasl, dos Emirados Árabes Unidos.

O trato com os atletas de base, relatado por Éderson e Maradona, contrasta com os boatos de que o treinador teria deixado o Santos por se negar a aproveitar jogadores revelados pela equipe paulista. “É um treinador que sabe trabalhar com base como poucos. Foi campeão de tudo, inclusive de futsal, sempre trabalhando com jovens. Ele não é nada disso do que se propagou maldosamente quando saiu do Santos”, defendeu Drubscky, responsável direto pela sua contratação em 2009.

Para Pedrinho Maradona, atual técnico do sub-20 do Londrina, a didática e os ensinamentos do ex-companheiro foram determinantes também para sua carreira. “Devo muito do que aprendi de sistema de jogo, trabalho de campo e tática a ele”, recorda.

Maradona foi consultado por Enderson antes de aceitar a proposta atleticana. “Desejei boa sorte. Ele merece pelo trabalho que desenvolve, principalmente em organização de jogo. É extremamente profissional e preocupado com o dia a dia do clube”, concluiu.

Do elenco atual do Atlético, Enderson já trabalhou com o goleiro Santos, o atacante Edigar Junio e o meia Guilherme Batata – o último, do sub-23.

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