FPF recorre ao STJD para que Atlético jogue no Couto Pereira

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A Federação Paranaense de Futebol (FPF) cumpriu o prometido e recorreu, no fim da tarde desta quinta-feira (26), ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) para fazer valer a decisão de o Atlético mandar seus jogos no Estádio Couto Pereira no Campeonato Paranaense. A entidade pretende conseguir, primeiro, um efeito suspensivo sobre o veredicto de quarta-feira (25) do Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná (TJD-PR), que deu ganho de causa para o Coritiba.

Caso a Federação consiga este efeito suspensivo, que tem o prazo de um a três dias para ser declarado, a decisão do TJD-PR ficaria nula, valendo a ordem da FPF de que o Furacão jogue no Alto da Glória até o julgamento da questão no pleno do STJD. Ainda não há previsão de quando será julgado o caso.

De acordo com o advogado da FPF, Juliano Tetto, a ideia é conseguir que o STJD suspenda o que foi decidido na Justiça Desportiva local o mais rápido possível. "Fazemos questão de recorrer para valer a nossa decisão", diz.

Do outro lado, o advogado do Coritiba, Itamar Côrtes, disse que está confiante em ter mais uma decisão favorável no Rio do Janeiro. "Lá vai ser analisado basicamente a questão jurídica, sem envolver Copa do Mundo e outras questões que os auditores daqui acompanham diariamente", argumenta.

Porém, Côrtes admite que, caso o efeito suspensivo seja dado, não há nada que o Coxa possa fazer, sendo obrigado a ceder o estádio até o julgamento do STJD. "Uma decisão assim, que anulasse o pleno estadual, seria bem rara. Se isso ocorrer a decisão da Federação realmente valeria até o julgamento, que deve ocorrer em duas a três semanas", finaliza.

AtléticoA reportagem entrou em contato com o advogado do Atlético, Domingos Moro, por volta das 16 horas, que afirmou ainda não ter uma posição da diretoria rubro-negra se o clube vai entrar como terceiro interessado no processo no STJD. Nesta quinta-feira, Moro - que acompanhou o julgamento do Pleno do TJD na última quarta-feira - entregou um relatório para que o presidente Marcio Celso Petraglia avalie se o Atlético vai ou não entrar na briga jurídica pelo Couto Pereira.

Logo após o julgamento de quarta-feira, o advogado do Coxa, Itamar Cortês, afirmou que a participação do Atlético no processo não muda a estratégia do clube nos tribunais. "A única diferença é que com o Atlético no processo a federação terá mais tempo para explanar no julgamento", disse o advogado alviverde.

xxxxxxxxxxRelembre os principais fatos do caso Couto Pereira: