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Vilson Ribeiro de Andrade, presidente do Coritiba: aposta na diplomacia | Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
Vilson Ribeiro de Andrade, presidente do Coritiba: aposta na diplomacia| Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo

Morde e assopra

Em meio à decisão com um paulista, o Coxa usa diplomacia para evitar estresse com a CBF:

18/6 – a gafe Em visita ao Morumbi, o presidente da CBF, José Maria Marín, elogiou o estádio e disse que o palco deveria abrigar a final da Copa do Brasil. Isso só poderia ocorrer com a eliminação de Grêmio ou Coritiba na semifinal.

21/6 – a resposta"Peço desculpas ao presidente da CBF por ter chegado à final. Eu sei que ele queria uma final entre times paulistas, mas tivemos que lutar para ganhar", disse o técnico Marcelo Oliveira, após o Coxa eliminar o São Paulo. Agora, o clube explica que declaração foi "no calor da emoção".

24/6 – o apitoJogadores e o técnico Marcelo Oliveira reclamaram da arbitragem de Péricles Bassols. Dois lances foram capitais: 1) Falta sobre Emerson no gol de Edu Dracena; 2) Anulação do gol de Pereira, que viraria o placar.

Ontem – o perdão"O erro existe, faz parte do fute­­bol. De forma alguma nós duvidamos da honestidade da arbitragem. Às vezes, no calor do jogo, você acaba fazendo uma crítica mais dura", destacou ontem, à Gazeta do Povo, o presidente Alviverde, Vilson Ribeiro de Andrade, sem atacar o trabalho de Bassols.

Alviverdes

Pacote catarinense: O Coxa acertou o empréstimo de quatro jogadores para o Joinville. O meia/lateral Vinícius, o volante Djair, o atacante Rafhael Lucas e o meia William Leandro.

Troca com o Paraná: Inicialmente cotado para ser cedido ao Joinville, o atacante Geraldo acertou sua transferência ao Paraná. Na mesma negociação, o lateral-esquerdo Henrique vai para o Coritiba.

  • Estádio: A CBF confirmou ontem à noite a Arena Barueri (foto) como o estádio do primeiro jogo da final da Copa do Brasil, quinta-feira da semana que vem, às 21h. O Palmeiras pediu para atuar no local porque os jogadores se sentem mais à vontade atuando lá do que no Morumbi

Entre comissão técnica e jogadores, protestos veementes. Entre os dirigentes, um tom conciliador. Episódios envolvendo os dois últimos jogos do Coritiba evidenciam a atenção do clube ao jogo político envolvendo a final da Copa do Brasil, contra o Palmeiras.

A clara intenção é defender os interesses coxas-brancas sem precisar entrar em conflito com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

O primeiro tiro foi dado por Marcelo Oliveira e teve como alvo o presidente da CBF, José Maria Marín. No vestiário do Couto Pereira, em meio à comemoração pela classificação contra o São Paulo, o treinador ironizou a declaração do dirigente de que a primeira final nacional do futebol brasileiro na sua gestão ocorreria no Morumbi.

No dia seguinte, o presi­­dente alviverde, Vilson Ri­­beiro de Andrade, veio a público dizer que o cartola paulista havia sido mal interpretado e que sua afirmação não menosprezava o Coritiba.

Domingo, a reclamação após a partida contra o Santos foi coletiva. Jogadores e o técnico Marcelo Oliveira reclamaram da arbitragem de Péricles Bassols Pegado Cortez, especialmente de falta sobre Emerson no gol de Edu Dracena, que abriu o placar, e de erro na anulação do gol de Pereira, que viraria o placar.

Dessa vez, o porta-voz da diretoria foi Felipe Ximenes. O superintendente criticou o árbitro, porém em tom bem mais ameno. Disse que o clube seguiria o procedimento designado pela CBF, de enviar a reclamação via ouvidoria da entidade.

Os passos a serem seguidos são o envio de um DVD completo do jogo, outro com os lances em que o Coxa se sentiu prejudicado, e um ofício descrevendo a reclamação.

Embora a diretoria não admita uma ação articulada, o discurso deixa clara a intenção de evitar conflito. Basta uma menção aos comentários de Marín para ouvir uma defesa ao dirigente. "O presidente falou: ‘Se a final for paulista’. Tiraram o ‘se’ e mudaram todo o sentido da frase", diz Vilson.

Os erros na Vila Belmiro, embora criticados, são atribuídos exclusivamente à má qualidade da arbitragem. "O árbitro foi infeliz, mas errar é humano. Temos plena convicção e confiança de que a Copa do Brasil será decidida no campo", disse o vice de futebol Ernesto Pedroso.

"O erro existe, faz parte do futebol. De forma alguma nós duvidamos da honestidade. Às vezes, no calor do jogo, você acaba fazendo uma crítica mais dura", reforçou Vilson.

Nos bastidores, contudo, o clube espera que as recentes reclamações contra a arbitragem tenham efeito positivo na final da Copa do Brasil.

Antes do confronto com o Santos, o Coxa já havia protestado contra a atuação de Rodrigo Braghetto na derrota por 3 a 1 para o Flamengo. O objetivo é ter um árbitro de ponta na decisão contra o Palmeiras, com uma atuação isenta.

Marín costurou sua chegada à presidência da CBF, em substituição a Ricardo Tei­­xei­­ra, com apoio da Federação Paulista, presidida por Marco Pólo Del Nero, conselheiro do Palmeiras.

O árbitro do jogo de ida deve ser sorteado na próxima segunda-feira, com a presença de um representante da diretoria coxa-branca. O procedimento será repetido antes do duelo de volta.

Fora isso, o Coritiba pretende recorrer à CBF nos próximos dias apenas se for atendido o pedido do presidente do Palmeiras, Arnaldo Tirone, de cancelamento do jogo com a Ponte Preta, pela 8.ª rodada do Brasileiro, entre os dois duelos com o Coxa.

"Pelo princípio da isonomia, pediremos o mesmo quanto ao nosso jogo com o São Paulo [dia 8/7]", avisa Vilson.

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