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O atacante Deivid foi apresentado ontem no Couto Pereira: jogador deve estrear apenas contra o Flamengo, seu ex-clube, no sábado | Henry Milléo/ Gazeta do Povo
O atacante Deivid foi apresentado ontem no Couto Pereira: jogador deve estrear apenas contra o Flamengo, seu ex-clube, no sábado| Foto: Henry Milléo/ Gazeta do Povo

Entrevista

Deivid cobra fim da "dupla identidade" no Alviverde

Deivid, novo atacante do Coritiba

O primeiro compromisso de Deivid pelo Coritiba será torcer. Como seu registro não foi confirmado ontem, o jogador acompanhará dos bastidores o jogo de hoje contra a Portuguesa, no Canindé. Apresentado pela manhã no Alto da Glória, o novo candidato a ídolo do Alviverde seguiu direto para São Paulo. Antes, falou dos seus objetivos com a camisa verde e branca.

O que te fez vir para o Coritiba?

Primeiro, o projeto a longo prazo, com o contrato de três anos. O Coritiba tem de pensar em títulos. Eu vim com uma responsabilidade muito grande. Temos de mudar a mentalidade. Não podemos ter dois títulos disputados em casa e perder, como na Copa do Brasil. Temos de ter uma regularidade, jogar da mesma forma em casa e fora. Não ter duas identidades, ter uma só para que possamos atingir o objetivo.

Qual é o projeto que te chamou a atenção?

O projeto é tentar colocar o clube na Libertadores. Estamos dez pontos atrás do quinto colocado [na verdade, 12]. Quando fui campeão [em 2004], o Santos estava em penúltimo e passamos o Atlético na penúltima rodada. Tem de acreditar e tornar realidade. Há muitos anos o Coritiba não ganha um campeonato de expressão. Tem chegado no Regional, mas acho que é muito pouco pela grandeza do clube.

Como você pretende lidar com a expectativa e a cobrança da torcida?

Cobrança é sempre boa. Joguei em clubes de massa, que têm bastante cobrança diariamente. Tem de matar um leão por dia. E aqui não vai ser diferente. Eu sei da minha história, do meu currículo, por isso vai ter essa cobrança. Mas eu estou pronto, vim disposto a ajudar.

Você acredita que a torcida precisará ter paciência até você ter o entrosamento com os outros jogadores?

Eu já vou chegar jogando, estando à disposição do treinador, então tem de ter um pouquinho de paciência até que eu possa conhecer todo mundo e estar ambientando dentro do clube. Claro que o resultado tem de ser imediato, até pela posição que está o time. Temos de começar com o pé direito e nos distanciar da zona do rebaixamento.

Qual é o seu objetivo no Coxa?

Eu espero entrar pela porta da frente e sair por ela também. Esse é o meu objetivo e a minha ideia. Tenho certeza de que eu vou ter uma história bonita aqui. Lembra a forma que eu cheguei ao Cruzeiro (em 2003). Lá deu tudo certo e acho que aqui também vai dar.

Como é chegar a um time perto da zona do rebaixamento?

É complicado, porque está 16 pontos atrás do G4 e três da zona. Tem de esquecer que está ali e pensar só em vitória, vencer, vencer, vencer. Depois vê o que vai acontecer lá na frente.

O Coritiba abre contra a Por­­tu­­guesa, às 19h30, no Ca­­nindé, uma série de duelos dian­­te de candidatos ao rebaixamento, consciente de que não pode sair atrás no marcador. Com pouco poder de reação, na maioria das vezes em que o Alviverde sofreu o gol primeiro neste Brasileiro, acabou derrotado.

Em 21 jogos até agora, o Coxa viu o adversário comemorar antes em 12 oportunidades. O desfecho, via de regra, não foi dos melhores: amargou oito derrotas, três empates e conseguiu a virada em apenas uma partida (contra o Náutico, no dia 25/7). "A gente só começou a jogar quando levou o gol", admitiu o meia Everton Ribeiro após a última derrota, contra o Botafogo.

Além de fugir da desvantagem nos jogos e de melhorar a defesa, a mais vazada do campeonato (39 gols), o Cori­­tiba ainda precisará se preocupar com a necessidade de vencer como visitante, algo que só ocorreu uma vez neste Nacional – coincidentemen­te no mesmo duelo com o Timbu, quando conseguiu reverter o placar no Recife.

Os próximos adversários fora de casa são concorrentes diretos na briga para fugir da Segundona de 2013. Após a Lusa, nesta noite, a equipe coxa-branca enfrenta na sequência o Atlético-GO, o Sport e o Palmeiras longe de Curitiba.

Neste primeiro desafio no segundo turno contra um "rebaixável", o Coxa tentará mostrar que os últimos dias de concentração em Atibaia deram resultado para alcançar a segunda vitória como visitante e, consequentemente, marcar o milésimo gol da história do clube em Brasileiros da Série A – só falta um.

Porém, pesa contra a equipe paranaense um tabu de 36 anos sem vencer a Portuguesa em São Paulo. Neste período foram oito derrotas alviverdes e quatro empates.

Para tentar quebrar esse pa­­­­radigma, Chico e Escudero devem retornar à equipe após cumprirem suspensão na última rodada – saem Junior Urso e Luccas Claro. Há a possibilidade de outras mudanças: Ayrton deve perder a vaga para Victor Ferraz na lateral direita; no ataque, Marcel está ameaçado de voltar para o banco de reservas, cedendo espaço para o meia Lincoln.

O atacante peruano Rui­­díaz está regularizado e viajou com o elenco para São Paulo.

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