• Carregando...
 | Arquivo / Coritiba
| Foto: Arquivo / Coritiba
  • Confira números, confrontos, hinos e curiosidades de uma história centenária

Hexacampeonato (71 a 76) - 28 votos (foto acima)

"Todos as formações foram sensacionais". A frase do ex-zagueiro Cláudio Marques dá bem o tom do que foi o Coritiba na década de 70. O time enfileirou títulos. Além da série de seis taças regionais (71 a 76), conquistou também o Torneio do Povo (73), primeiro triunfo em nível nacional do futebol do Sul do país.

"(O hexacampeonato) é a maior sequencia de um clube paranaense no tempo do profissionalismo", conta Guilherme Straube, um dos oito integrantes do grupo Helênicos, responsável por garimpar a história alviverde. "O hexa do Britânia (de 18 a 23) foi construído no período do amadorismo", lembra.

Cláudio Marques participou das cinco primeiras conquistas daquela geração. Ele não tem dúvida em cravar a escalação de 73 (Jairo, Orlando, Oberdan, Cláudio e Nilo; Hidalgo e Negreiros; Leocádio, Zé Roberto, Tião Abatiá e Aladim) como a melhor dos anos dourados coxa-branca. "Um time fantástico, com um banco fantástico. Tinha Dreyer, Hélio Pires, Pescuma, Sérgio Roberto, Reinaldinho, Levir, Krüger... ", recorda o ex-jogador, apelidado de "Categoria ou, simplificado, Catega", por causa do fino trato com a bola.

Campeão brasileiro (1985) - 22 votos (foto 1)

O Coritiba do título nacional não era brilhante, mas extremamente eficiente. Sabia exatamente o que precisava fazer dentro de campo. "A base do time era o conhecimento que o Ênio (Andrade, técnico) tinha do seu elenco e dos adversários", ressalta Guilherme Straube, do Helênicos.

Entre os métodos de treinamento, o preparador físico Odivonsir Frega costumava usar um rolo compressor na preparação física dos jogadores. Além disso, Ênio organizava a equipe reserva de acordo com o sistema de jogo do próximo adversário, para que os titulares soubessem como se posicionar em campo.

Norteado pelas diretrizes do treinador gaúcho, o Coxa foi crescendo no campeonato, até ganhar corpo nas fases decisivas. Na semifinal, dois jogos emocionantes contra o Atlético-MG – 1 a 0 em Curitiba e 0 a 0 em Belo Horizonte. Três dias depois, em 31 de julho, em uma noite épica no Maracanã, o Coritiba batia o Bangu nos pênaltis por 6 a 5, após empatar por 1 a 1 no tempo normal – a última cobrança convertida por Gomes, à 0h39 do dia 1º de agosto. Curitiba se pintou de verde e branco para recepcionar os campeões, em uma festa inesquecível. "O título significou tudo na minha vida. Sem o Brasileiro não sei o que seria hoje. Não tem um dia que eu não falo daquela conquista", conta o ex-meia Tobi, que sofreu a falta que originou o gol de Índio no primeiro tempo de jogo.

Coritiba de 1989 - 9 votos (foto 2)

Gérson; Márcio, Vica, João Pedro e Pecos; Osvaldo, Serginho, Tostão; e Carlos Alberto; Chicão e Kazu. Técnico: Edu Coimbra.

"A gente se divertia dentro de campo", avisa, logo de cara, o ex-meia Serginho, ao lembrar da escalação do Coritiba campeão paranaense de 1989. O triunfo por 2 a 0 sobre o União Bandeirante foi o desfecho de uma campanha impecável – o time perdeu apenas 3 vezes em 30 partidas. "Tínhamos uma autoconfiança muito grande. Não havia desespero. Chegava a hora do jogo, entrávamos em campo e pronto", recorda o ex-jogador.

Serginho gosta de relembrar uma partida em especial daquele ano: a vitória de virada sobre o rival Atlético por 2 a 1.

"Era o meu primeiro Atletiba. Logo que entrei, nem toquei na bola e já estávamos na frente".

Além da base titular, outros nomes se destacaram. Garotos da base, como Hélcio e Márcio, começam a ganhar espaço. "Para mim o craque do time era o Tostão", afirma Serginho. "Na minha carreira, nunca vi, nem a favor nem contra, alguém jogar tanto individualmente quanto o Tostão naquele ano", acrescenta ele, lembrando ainda da importância do capitão Vica. "Era o cara que gritava, que dava personalidade ao time".

Coritiba da década de 50 - 5 votos (foto 3)

A década serviu para o Coritiba se consolidar como o maior campeão do estado. Se até o fim dos anos 40 o time tinha apenas um título a mais do que o rival Atlético (10 a 9), 15 anos mais novo, a diferença saltou para oito troféus em 1960. Foram sete voltas olímpicas no período (1951/52, 54, 56/57 e 59/60). E vários nomes para a história coxa-branca. "Miltinho, Fedato, Duílio, Hamilton, Bequinha, Carazzai, Ronald, Renatinho, Baby...", lista Guilherme Straube, dos Helênicos, se entregando ao saudosismo. "Era muita gente boa", emenda.

Nos bastidores, dois personagens tiveram papéis centrais no salto de qualidade alviverde: Aryon Cornelsen e o uruguaio Felix Magno.

Cornelsen assumiu a presidência do clube em 1956, após uma temporada como diretor de futebol. Empreendedor, foi o maior incentivador e idealizador das reformas no estádio coritibano, batizado na época de Belfort Duarte.

Magno era o treinador do time, o responsável por organizar os craques em campo. "Ele dirigiu 75% das partidas nos anos 50", recorda Straube. A sequência transformou o uruguaio no técnico que mais comandou o Coritiba – 196 jogos (1950-1951, 1954-1959 e 1965-1966).

Coritiba de 1968 - 3 votos (foto 4)

A informação de que o título de 68 quebrou um jejum de oito anos do Coritiba passa quase despercebida. Para os coxas, o que vale mesmo é lembrar de Paulo Vecchio. O meia-armador era reserva. No jogo que valia o título, um Atletiba, lá estava ele, acomodado no pequeno banco de suplentes do Durival Britto. Esperava entrar, mas não sabia ao certo em qual momento. No fim do 1º tempo, o técnico Francisco Sarno pede para que inicie o aquecimento. Vecchio só não esperava que o treinador acabaria por esquecê-lo no vestiário. "Ele ficou muito bravo quando viu o Walter ser substituído pelo Oromar. Resolveu arrumar as coisas e ir embora", conta Guilherme Straube, do Helênicos.

A confusão só foi desfeita com a intervenção do massagista Lubian, que no mesmo instante entrou no vestiário para chamá-lo – nesse momento o Alviverde perdia por 1 a 0, gol de Zé Roberto. Vecchio foi, mas com uma raiva descomunal. Ira usada para decidir o confronto. "Após uma cobrança de falta do Nilo, ele enfiou a cabeça na bola e o cotovelo na cara do Bellini. Fez o gol e fechou a cara, ignorando os abraços dos companheiros", recorda Straube. 1 a 1 que valeu ao Coxa mais um título regional. Detalhe: os rubro-negros até hoje contestam a validade do gol. O zagueiro atleticano Bellini foi ao vestiário perguntar ao árbitro Arnaldo Cezar Coelho se era válido.

Coritiba de 79 e 80 - 2 votos (foto 5)

Pela primeira vez o Coritiba se colocava entre os quatro melhores times do Brasileiro. Em 1979, campanha irrepreensível, que só parou nas semifinais, contra o Vasco, no Maracanã. Após empatar por 1 a 1 no Couto Pereira, o time perdeu a chance de chegar à decisão ao ser derrotado por 2 a 1 pelo Alvinegro carioca. "Fomos miseravelmente roubados", diz Borba Filho, técnico alviverde na ocasião, creditando o revés ao apito do paulista Roberto Nunes Morgado. No mesmo ano, o time venceu o Paranaense.

Em 80, novamente o Coxa foi eliminado por um carioca na semifinal: perdeu por 4 a 3 para o Flamengo. Aquele time, porém, registrou a melhor média de gols do clube em um Brasileiro.

Salve em seu computador os principais momentos da história do Coritiba, década a década

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]