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O discurso é o de jogar para o grupo, ter a alegria de erguer a taça e festejar um título. Mas, no íntimo, todo jogador pensa em ter na final do campeonato o momento de escrever seu nome na história do clube. Atletibas que decidem o Paranaense estão entre essas oportunidades.

Em 2013, Alex, do Coritiba, Douglas Coutinho e Crislan, pelo lado do Atlético, são os candidatos à alcunha de "herói da final" – isso na opinião de quem já foi alçado ao mesmo status.

Tuta, o camisa 9 do título de 2004 do Alviverde, aposta na experiência do meia alviverde para o tetracampeonato coxa-branca. Dirceu, o "Carrasco do Coritiba" na conquista atleticana de 1990, vê nos jovens atacantes uma boa aposta para encerrar a hegemonia verde no estado.

Aos 38 anos, Tuta defende o Barra da Tijuca na Série B do Campeonato Carioca e diz acompanhar o Coxa a distância. "Vai prevalecer a experiência. O Alex [35 anos] está indo muito bem. Torço também pelo desempenho do Deivid, que era meu vizinho de condomínio aqui no Rio, e do Rafinha, com quem joguei no São Caetano e até hoje conversamos", diz.

Em 2004, ele foi o protagonista da final. O Coritiba venceu a primeira partida (2 a 1) e precisava de um empate na Arena para ser bicampeão. O Atlético vencia por 3 a 2 quando, aos 30 minutos do segundo tempo, Tuta empatou e comemorou com o dedo indicador sobre os lábios, mandando a torcida adversária se calar. A imagem tornou-se emblemática para o torcedor coxa-branca e para o jogador.

"Vencer na Arena, fazendo o gol do título não é para qualquer um... Ainda mais porque cheguei ao Coritiba desacreditado, pois antes tinha jogado pelo Atlético", relembra. Em 1998, Tuta estava no elenco campeão estadual pelo Furacão, mas não jogou as finais porque estava com o pé quebrado.

Já Dirceu aposta que o título ficará com o time sub-23 do Furacão, que começou o campeonato desacreditado, da mesma forma que aconteceu com ele no ano em que se consagrou diante do torcedor rubro-negro, em 1990.

"Quando cheguei ao clube, a diretoria nem pode dizer que tinha me contratado, afinal de contas a torcida esperava um reforço de maior peso. Depois o clube trouxe o Kita. Enquanto ele era mais badalado, fui trabalhando."

No primeiro Atletiba da final de 1990, entrou no fim do segundo tempo, quando o time perdia por 1 a 0. Já nos acréscimos, empatou. No segundo embate, como titular, marcou mais uma vez, aos cinco minutos. O Coritiba virou a partida, mas o zagueiro Berg fez contra e o empate por 2 a 2 deu o título ao Rubro-Negro. "Agarrei a oportunidade que tive e a aproveitei, assim como esses garotos podem fazer. O Alex, pelo Coritiba, pode consagrar uma história antiga que tem com o clube. Já o Crislan [21 anos] e o Douglas Coutinho [19] estão em um momento muito bom e podem fazer a diferença", diz o ex-atacante, 50 anos, técnico do rebaixado Nacional de Rolândia.

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