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Alex exibe os troféus de artilheiro e craque do Estadual, em premiação da Gazeta do Povo | Brunno Covello/ Gazeta do Povo
Alex exibe os troféus de artilheiro e craque do Estadual, em premiação da Gazeta do Povo| Foto: Brunno Covello/ Gazeta do Povo

Foi um título "diferente" para o nome da decisão e do campeonato. Um dia depois de o meia Alex erguer sua primeira taça pelo time do coração, ele ainda processava todos os sentimentos e situações que culminaram na conquista do tetra do Paranaense pelo Coritiba. A família, parte fundamental para o retorno dele ao Alto da Glória, vivenciou o momento tanto quanto ele. Só que para o camisa 10, o Estadual já passou. E, segundo Alex, além de reforços, o time precisa evoluir mentalmente para seguir com uma temporada vencedora.

Como foi a emoção da família ao ver seu primeiro título pelo Coritiba?

Foi boa. Minhas meninas já entendem, viveram isso na Turquia; o Felipe, que é o mais novo, começou a vivenciar agora. A gente vê que ele gosta muito de futebol e já se tornou coxa até sem ser pressionado. A pressão existiria, mas não foi necessário. A Daiane já está mais acostumada, vive isso há muito tempo.

Ela jogou junto com você na arquibancada...

É que na verdade as situações que eu vivi em 1995 e 1996, na perda dos dois regionais, ela viveu como filha de um dirigente. Então eu sabia que esse retorno tinha um peso muito forte e diferente das outras decisões, perdidas ou ganhas. E esse peso maior de ser a nossa casa, onde nós crescemos.

Existiu ‘cornetagem’ dos familiares, principalmente após a derrota no Atletiba do returno?

Não, não. Dentro de casa a gente fala muito pouco em futebol. Só falamos com o Felipe, que é o mais novo e faz 3 anos em julho. Ele realmente adora futebol. Mas com 3 anos você quer ver gol. Ele gosta muito do Rafinha, tem adoração pelo Rafinha. Não sei quem que começou, mas mostraram narrações de rádio para ele, os caras narram de maneira muito rápida e ele gosta também. Mas não temos essa coisa de falar de futebol. Quando fala, é longe das crianças porque tem palavrão no meio.

E festa com os companheiros? Cantou muito?

Ah, cantamos. Na hora em que eu estava no palco 90% foi samba, mas cantamos de tudo. Mas só engano. Tocou esse negócio novo, o arrocha, entrou música nordestina. Pegaram um catadão, a festa foi legal. Foi no Acadêmicos do Salgueiro, no Batel. Quase todo o grupo participou, alguns não puderam por causa de família. É o momento de extravasar. Comemoramos bastante no vestiário depois do jogo porque hoje [ontem] o grupo vai pra Manaus. Aí já tem de mudar o foco. Mas a festa foi legal e foi como tem de ser quando se tem um objetivo alcançado como conseguimos.

Pela sua afinidade com o clube, essa conquista vale mais do que as outras?

Não coloco como maior, coloco como diferente. Todos os títulos que ganhei, sei as dificuldades que foram, sei o que os torcedores sentiram. Esse é um pouco diferente porque sou torcedor do Coritiba, vi alguns títulos na arquibancada, no ano passado vi esse time ser tricampeão. Vi, não; ouvi pela internet. Vi a final da Copa do Brasil contra o Vasco. Então sempre vi como torcedor. Quando tive a chance de ganhar, o time fracassou porque o Paraná era melhor. Mas se você volta, começa a juntar tudo isso, e ganha do jeito que foi... Me tornei capitão, virei artilheiro, depois de muito tempo. E se a gente fosse fazer uma pesquisa, muitos acreditavam que eu nem voltasse, né? Juntando tudo isso, o Campeonato Paranaense possivelmente tem a menor expressão dos títulos que eu tenha ganhado, mas como sentimento é uma situação que envolve muita coisa.

Aonde esse time pode chegar?

São competições diferentes. Na Copa do Brasil são jogos eliminatórios e você precisa estar ligado sempre, dá para chegar muito longe como foram nos dois últimos anos. O Brasileiro é um campeonato de regularidade, longo, de muitas dificuldades, de nível bem maior do que o Estadual. A gente tem de melhorar.

O que precisa?

Mentalmente, precisamos melhorar. Fraquejamos nesse aspecto em vários momentos. Em jogos decisivos, faz falta. No Brasileiro, a cada quarta e domingo você vai encontrar situações em que mentalmente você sendo superior ao adversário você consegue trazer bons resultados. Possivelmente o clube contrate outros jogadores para reforçar esse elenco.

O time precisa de reforços?

Eu acho que sim. Bons jogadores são sempre bem-vindos, né? Tivemos algumas dificuldades, o Estadual foi interessante porque o Marquinhos e o clube puderam ver o que tem de bom e o que tem de ser melhorado. Mas o fator principal é melhorar mentalmente e fazer do Couto Pereira a nossa casa, que tenhamos uma porcentagem grande de ganho de pontos lá, coisa que no Brasileiro é mais do que necessário.

Esportes | 0:59

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