De volta
Ex-preparador de goleiros do clube, de onde saiu em 2006, Júlio Cézar de Camargo voltou ao Tricolor, agora como auxiliar técnico. Ele dividirá a função com Ednélson. Camargo foi goleiro do Pinheiros e deixou a Vila Capanema para integrar a comissão técnica de Caio Júnior, com quem trabalhou até a passagem do treinador pelo Al Gharafa, em 2011.
Tricolores
Reforço
O gerente de futebol Alex Brasil foi ontem ao aeroporto buscar o lateral-esquerdo Massari, de 23 anos. O jogador, emprestado pelo Inter, está fazendo exames e assinará contrato com o Tricolor até maio. Massari vem para suprir a ausência de Henrique, que, com ruptura dos ligamentos do joelho, ficará fora por até seis meses.
Lacraia
Saiu no BID paranista o nome do atacante Júnior Lacraia, 23 anos, com contrato até o fim de 2014. Ele, no entanto, não será aproveitado imediatamente pelo Tricolor, sendo emprestado para uma equipe ainda não definida. É o mesmo caso do atacante Allan (Cianorte) e do meia Ronaldo (Guarani), também vinculados ao Paraná.
Uma das surpresas do time principal do Paraná nesta temporada veio da Europa. O atacante francês Aymen, que fará 20 anos na próxima semana, começou a chamar a atenção com dois gols em cinco jogos, sendo titular em apenas um. Diante da má fase de Luisinho, alguns torcedores já começam a pedir o francês na formação inicial. Filho de pai tunisiano e mãe francesa, ele chegou ao Tricolor no fim de 2010 em uma ponte envolvendo um brasileiro que vive em solo europeu.
"Um empresário brasileiro [Cícero Martins, ex-jogador do CRB], casado com uma francesa que mora em minha cidade [Nice, no sul da França] me trouxe aqui", contou Aymen, em um português com pitadas de sotaque francês.
O português, inclusive, não foi um grande obstáculo para Aymen. "A língua não foi muito complicada de aprender. Em uns cinco meses, eu já estava falando português", revelou.
Maior dificuldade foi para se adaptar ao estilo de jogo brasileiro, que apresenta algumas diferenças para o estilo francês. "Lá na França a gente tem mais pegada e velocidade no ataque. Aqui no Brasil se gosta de tocar mais a bola", contou o francês.
A imagem que se tem da Europa é de um clima parecido com o curitibano, mas esse é outro fator que exigiu mais sacrifício e tempo para que Aymen se acostumasse. "Lá em Nice tem praia, faz muito sol e calor. Aqui em Curitiba é um clima louco, faz chuva e depois calor. Aqui também é bem maior que Nice", explicou.
Aos poucos, o francês vai se integrando à vida da cidade. Muçulmano, ele frequenta todas as sextas-feiras a Mesquita de Curitiba, no bairro São Francisco, onde revelou ter conhecido muitos libaneses e iranianos residentes na cidade. Para matar as saudades da família, a tecnologia serve como antídoto durante a longa temporada brasileira. "Tem um [telefone] fixo na casa que moro e também uso muito o Skype. Nas férias, sempre volto para a França", afirmou.
A galeria de ídolos de Aymen é uma mistura de franceses e brasileiros. E nesta miscelânea, surge um apelido de infância bem verde-amarelo. "Eu sou fã do Romário, do Ronaldo, do Ribéry e do Benzema. Quando era pequeno, na minha cidade, me chamavam de Romário", contou.
A boa fase do francês começa a trazer confiança para o atacante, que chegou a voltar aos juniores no ano passado e arrancou elogios do técnico Toninho Cecílio. "Eu subi com o Ricardinho e seis meses depois voltei ao júnior. Agora o professor Toninho começou a me dar minutos de jogo e eu provei que estou pronto para ajudar a equipe", concluiu.
Esportes | 2:51
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