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Paraná, de Dado Cavalcanti, terá de vencer confrontos diretos para garantir o acesso | Daniel Castellano / Gazeta do Povo
Paraná, de Dado Cavalcanti, terá de vencer confrontos diretos para garantir o acesso| Foto: Daniel Castellano / Gazeta do Povo

Encruzilhada

Veja abaixo três obstáculos que o Paraná precisará superar para retomar um lugar na elite nacional:

Tabela

Dos sete jogos até o final do campeonato, o Paraná pega cinco adversários da parte de cima da tabela: Joinville, Palmeiras, Chapecoense, Sport e Icasa. Desses, apenas três partidas serão na Vila Capanema – Palmeiras, Chapecoense e Icasa. Se confirmar 100% de aproveitamento em casa, terá de buscar ao menos dois triunfos como visitante.

Emocional

Após ficar boa parte do campeonato no G4, o Tricolor precisa lidar psicologicamente com a recente queda de rendimento do time. Soma-se a isso o empate dolorido com o Atlético-GO no último lance da partida passada.

Dinheiro

Após diversas crises nos últimos anos, o Paraná está regularizando os salários de funcionários e jogadores, evitando que preocupações extracampo interfiram na busca pelo acesso. Até para fazer caixa, o clube planeja para o próximo jogo em casa, contra o Palmeiras (2/11), acabar com a promoção de R$ 20 o ingresso. A tendência é que custe R$ 80.

A matemática tirou o Para­­ná do G4. Apesar da quarta posição na classificação com 50 pontos, ganhando do Avaí nos critérios de desempate, o Tricolor é o quinto time na lista de candidatos a chegar à Primeira Divisão, com 28%, atrás de Palmeiras (99%), Chapecoense (99%), do próprio Avaí (59%) e do Sport (55%). Os números são do site Infobola.

Confira as contas do Tricolor para o acesso e a opinião dos colunistas sobre o time

Estatística que reforça a necessidade de um triunfo sobre o Joinville, amanhã, às 16h20, em Santa Catarina. Ainda mais depois de o time ter deixado escapar dois pontos preciosos na terça-feira, no empate (1 a 1) com o Atlético-GO na Vila Capanema. Resultado que obriga o Tricolor a ganhar 16 pontos – ou cinco vitórias e um empate – nas últimas sete rodadas para chegar ao número mágico de 66 estabelecido pelos estatísticos.

Como referência, o Para­­ná somou 14 pontos nesta mesma sequência de jogos no primeiro turno, contra Joinville, Palmeiras, Boa, Chapecoense, Sport, Guaratinguetá e Icasa.

Missão espinhosa, recheada de decisões, que mexe com o emocional do elenco, como pôde ser visto após o inesperado gol de empate dos goianos. Tropeço que rendeu uma reunião no dia seguinte entre jogadores, comissão técnica e o presidente do clube, Rubens Bohlen.

"Foi uma conversa normal, demos um apoio após o empate. Eu não vivi o momento de 1950, mas veio a imagem do Maracanazo [derrota do Brasil para o Uruguai na final da Copa] após o gol do Atlético-GO. Aquele silêncio sepulcral. Foi doído, foi pior que uma derrota, duro de absorver", contou ele, confirmando que será candidato à reeleição – o pleito, em novembro, ainda não tem data marcada.

"Natural que os jogadores se sentissem abatidos, mas procuramos levantar a moral deles. Ainda mais porque só dependemos de nós e temos plena confiança na capacidade de cada um", acrescentou o dirigente.

Dentro deste discurso otimista, Bohlen tem uma conta própria para o acesso. "Acredito que com cinco vitórias nós conseguimos o acesso. Estão todos imbuídos, o esforço da torcida, associados, direção, plantel, comissão técnica, com objetivo do acesso", disse ele, projetando algumas mudanças – todas significativas – na vida tricolor se a classificação se confirmar.

"Sairíamos de uma arrecadação de R$ 3 milhões [anuais] para em torno de R$ 25 milhões a R$ 30 milhões. É substancial", afirmou. "Se com R$ 3 milhões nós conseguimos montar esse elenco de jogadores, que a imprensa fala que é o melhor do Paraná desde a sua queda para a Segunda Divisão [em 2007], com o acesso seria uma ajuda considerável", emendou.

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