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Cambará afirma que Paraná precisa fazer um bom jogo para mudar cenário que desagrada | Henry Milléo / Gazeta do Povo
Cambará afirma que Paraná precisa fazer um bom jogo para mudar cenário que desagrada| Foto: Henry Milléo / Gazeta do Povo

O Paraná enxerga o clássico contra o Atlético, domingo, na Vila Capanema, como uma oportunidade de começar a trilhar um novo caminho em 2014. Diferente da trajetória até o momento, que desagrada aos torcedores e aos próprios atletas tricolores.

Após a vitória apertada sobre o Toledo, por 2 a 1, na quarta-feira, o atacante Giancarlo desabafou: "Se entrar no mata-mata desse jeito, vai ser difícil passar". Por sua vez, o volante Cambará reforçou a importância do confronto. "A motivação já existe independentemente, mas sabemos que precisamos de um bom jogo".

Uma vitória diante do rival traria também alento aos torcedores tricolores, frustrados com a equipe que, de acordo com o treinador Milton Mendes, era favorita ao título, mas sofre para se classificar. Para piorar, o Paraná é o único do trio de ferro que desde o início da competição utiliza o time principal.

O técnico, aliás, tem sido alvo principal das críticas diante do desempenho ruim, nas arquibancadas, em redes sociais e fóruns de internet. Fora das quatro linhas, seguem os problemas salariais e com o gramado do Durival Britto, tormento vivido há anos pelo Tricolor. De positivo, a assinatura do contrato de patrocínio máster com a Caixa Econômica Federal, no valor de R$ 2 milhões para estampar os uniformes por um ano.

Confira abaixo os desafios no caminho do Tricolor:

Técnico

Milton Mendes não caiu nas graças da torcida e enfrenta dificuldades no comando da equipe. O paranista começou apostando nas categorias de base do clube e numa formação com três atacantes. Mudou para um time mais velho e apenas um centroavante. E, nos últimos jogos, tenta sem sucesso emplacar o tradicional 4-4-2. Tantas alterações de rumo, mais a falta de currículo no Brasil, jogam pressão sobre Mendes, cobrança que já fez a diretoria tricolor publicar uma nota em seu site oficial defendendo e apoiando o comandante.

Torcida

A média de público do Paraná neste início de Paranaense é de apenas 2,3 mil torcedores pagantes, atrás de Coritiba, Maringá, Operário e Londrina e inferior aos 3,3 mil pagantes da primeira fase do Estadual do ano passado. Não bastasse, o fracasso na campanha da Série B em 2013 fez com que parte dos sócios-torcedores abandonasse o programa, deixando de pagar as mensalidades, atitude que esvazia ainda mais as arquibancadas da Vila Capanema e agrava os problemas financeiros do clube.

Gramado

No ano passado, com a mudança de todo o gramado da Vila Capanema, a expectativa era de que o campo não fosse mais um problema. Mesmo com 50 dias sem jogos, desde o fim da Série B em 2013, a situação do terreno se mostrou precária na largada do Paraná no Estadual, diante do Cianorte. Utilizado também pelo Atlético na Libertadores, o campo foi criticado até pelos peruanos do Sporting Cristal. Os responsáveis culparam a estiagem de janeiro. Sem jogos nos últimos 12 dias, e com as chuvas, as dificuldades foram amenizadas.

Reforços

Das 19 contratações para este ano, apenas quatro são titulares com regularidade: o atacante Giancarlo, o lateral-direito Toty, o zagueiro Naylhor e o lateral-esquerdo Breno. Desses, somente Giancarlo e Breno se destacaram até o momento. Jogadores que chegaram como promessa ainda não emplacaram. Caso, por exemplo, do atacante Keno – o empresário do atleta chegou a alardear que ele era pretendido por 15 clubes –, que marcou o seu primeiro gol com a camisa paranista diante do Toledo.

Salários

O meia Lúcio Flávio revelou que vencimentos do ano passado ainda não foram pagos pela diretoria paranista. O calote tem sido recorrente nos últimos anos e a expectativa era de que o leilão da sede do Tarumã aliviasse as contas paranistas, o que não ocorreu. Com o pagamento de 90% da verba de patrocínio da Caixa Econômica Federal e a entrada no mercado financeiro da Atletas Brasileiros S/A, parceira do clube, entre outras negociações, a diretoria espera regularizar a situação nas próximas semanas.

Série B

Se a intenção do Tricolor era aproveitar o Estadual para montar um time para o Brasileiro, na prática o plano parece ainda muito distante de funcionar. O fraco desempenho em campo e o descrédito perante a torcida sugerem a possibilidade de alterações drásticas para a disputa nacional, algo que comprometeria o entrosamento para o objetivo principal da temporada. A não ser que, daqui para frente, o time mostre um comportamento completamente diferente do que apresentou em dez partidas.

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