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Presidente Rubens Bohlen | Hugo Harada/ Gazeta do Povo
Presidente Rubens Bohlen| Foto: Hugo Harada/ Gazeta do Povo

Réu frequente na Justiça trabalhista e civil, o Paraná corre o risco agora de figurar no rol criminal, sob a acusação de estelionato cometido pelo presidente Rubens Bohlen e pelo vice de futebol Celso Bit­­ten­­court. A ameaça foi revelada ontem pelo empresário Leo Rabello. Ele decidiu agir após tomar conhecimento da decisão judicial que impossibilitou a negociação do CT Ninho da Gralha como garantia de pagamento de uma dívida cobrada em outra ação, movida pela empresa Base.

A alegação do empresário é de que o mesmo imóvel já havia sido assegurado a ele para quitar o débito referente à negociação do meia Thiago Neves, em 2007. "Sempre tentei poupar a diretoria do Paraná, acreditando em inúmeras promessas, não cumpridas. Mas agora, se for realmente confirmada essa situação de que o imóvel não pode ser leiloado, como deter­minou o Tribunal do Rio de Janeiro, é um caso de estelionato e fraude à execução", defende Rabello.

Ele procurou a Gazeta do Povo após ficar sabendo no domingo, por meio da Coluna Intervalo, da decisão impedindo que o Ninho seja dado como garantia em qualquer operação comercial, processo ou outros negócios.

"Tudo começou com uma apropriação indébita do Pa­­ra­­ná, que pegou um dinheiro depositado judicialmente na ação do Thiago Neves. Vários acordos foram propostos pelo clube, como uso da renda de tevê, de percentual dos atletas. A diretoria veio aqui no meu escritório mais de 15 vezes e não cumpriu nada. Dei­­xa­­ram uma dívida de R$ 11 milhões chegar a R$ 27 milhões", disparou. Ele ressalta ter obtido todas as certidões negativas referentes ao centro de treinamento no acordo firmado há dois anos e homologado pela Justiça.

De acordo com o advogado Augusto Mafuz, que defende a empresa Base, o Paraná terá de indicar outro imóvel a Rabello, já que o Ninho da Gralha foi cedido em comodato pelo período de 23 anos.

A diretoria paranista foi procurada pela reportagem, mas o vice Celso Bittencourt respondeu, via SMS, que ontem era dia de jogo "e só pensaria na partida".

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