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Claudinei Oliveira, do Paraná, Paulo Autuori, do Atlético, e Alan Santos, do Coritiba: tecnologia vai ajudar o futebol. | Albari Rosa/gazeta do povo
Claudinei Oliveira, do Paraná, Paulo Autuori, do Atlético, e Alan Santos, do Coritiba: tecnologia vai ajudar o futebol.| Foto: Albari Rosa/gazeta do povo

No que depender da opinião de treinadores e atletas de Atlético, Coritiba e Paraná, a implantação do uso de vídeo para auxiliar a arbitragem em lances duvidosos durante as partidas ajudará na evolução do futebol. No último sábado (5), a International Association Board (IFAB), entidade que regulamenta as leis do esporte, aprovou a realização de testes para o uso das novas tecnologias, decisão considerada histórica pela própria Federação Internacional de Futebol (FIFA), entidade máxima do futebol.

O limite para começo dos experimentos foi fixado para agosto de 2017, mas a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) espera iniciar os testes do novo sistema já a partir de agosto deste ano, em jogos do Brasileirão. As experiências devem durar dois anos.

O futebol não pode ficar alheiro aos aspectos tecnológicos. Você minimiza as injustiças, apesar de no futebol o imponderável estar sempre presente

Paulo Autuori, técnico do Atlético

“O futebol não pode ficar alheiro aos aspectos tecnológicos. Você minimiza as injustiças, apesar de no futebol o imponderável estar sempre presente”, analisa o técnico do Furacão, Paulo Autuori. “Mas não acredito em medidas isoladas, trabalho com pensamento sistêmico. Tem de haver um conjunto de ideias que façam com que essa engrenagem funcione. Sou a favor das mudanças gradativas. A vida te induz a novas ideias. E o futebol é vida”, ressalva.

Confira como o recurso do vídeo será utilizado no futebol

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O treinador do Tricolor, Claudinei Oliveira, reforça o posicionamento de Autuori. Para o comandante paranista, as novas tecnologias diminuirão a margem de erros nos jogos, tornarão o esporte mais justo e facilitarão o trabalho dos árbitros. “Uma grande coletividade de profissionais depende do árbitro e, às vezes, você pode ser demitido de uma equipe porque perdeu um jogo em erro de arbitragem”, argumenta. “Isso só aumentará a credibilidade do futebol como esporte”, complementa.

É uma evolução da parte da Fifa. Os juízes às vezes são julgados de maneiras muito fortes e isso vai acabar ajudando eles também

Alan Santos, volante do Coritiba

Para o atacante coxa-branca Jorge Ortega, a Fifa demorou em introduzir as novas tecnologias no jogo. “É muito bom fazer uma coisa assim”, afirma o paraguaio, mesmo questionado se isso significaria que o pênalti que cavou contra o Paraná, pela 8.ª rodada do Estadual, não seria marcado no novo cenário. “Tem de marcar bem”, opina.

O volante Alan Santos compartilha da opinião do gringo e admite que as tecnologias têm potencial para acabar com muitas polêmicas do futebol. “É uma evolução da parte da Fifa. Os juízes às vezes são julgados de maneiras muito fortes e isso vai acabar ajudando eles também”, acredita.

O vídeo poderá ser utilizado para decidir se um gol foi válido ou não (se houve falta, impedimento ou se a bola cruzou a linha), se houve infração para pênalti ou não e se a infração mereceria o cartão vermelho. Além disso, outras alterações serão testadas.

Uma delas é o fim da “tripla punição”, quando o jogador comete o pênalti, é expulso e suspenso do próximo jogo — em casos menos graves, o jogador receberá amarelo se cometer o pênalti. O jogador que se machucar após sofrer falta do adversário punido com amarelo ou vermelho, por sua vez, não precisará mais sair de campo para receber atendimento médico. Por fim, na saída de bola no meio de campo o atleta não precisará mais tocá-la para frente, mas para qualquer direção.

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