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Com a vitória sobre o Mogi Mirim por 5 a 2, nesta quinta-feira (6), no estádio Romildo Ferreira, em Mogi Mirim (SP), o Santos confirmou a classificação para a próxima fase (quartas de final) do Campeonato Paulista e mostrou que tem recursos para golear (de novo) mesmo em uma noite pouca inspirada. Com 30 gols em 12 rodadas, sobra em seu grupo e vai brigar com o Palmeiras pelo posto simbólico de melhor time na tabela de classificação geral.

No Grupo D, o Santos soma agora 29 pontos e não pode mais ser ultrapassado pelo São Bernardo, o terceiro colocado, que tem 19. Já o Mogi Mirim, na quarta colocação do Grupo C, tem de se preocupar com o rebaixamento. Com 12 pontos, está apenas dois na frente o Linense, o primeiro na área da degola.

O desenho tático do Santos repetiu a ousadia dos jogos anteriores: dois volantes (Cícero e Arouca) mais quatro atacantes (Geuvânio, Thiago Ribeiro, Leandro Damião e Gabriel). Esses setores, no entanto, interagiam pouco e formavam blocos isolados. Ninguém armava. Eram muitos jogadores à frente, mas desorganizados e sem mobilidade.

O time só ficou mais equilibrado a partir da metade do primeiro tempo quando Geuvânio e Gabriel recuaram e viraram, finalmente, meias. Até se encontrar em campo, o Santos conseguiu apenas uma boa chance - um chute de Cicinho, aos 15 minutos.

O esquema do Mogi Mirim foi igualmente corajoso, empurrando os laterais. A justificativa era o desespero. Sem vencer há cinco jogos e lutando para não cair, o time demitiu o técnico e estreou nesta quinta Marcio Goiano, que ainda nem conhece os jogadores (confundiu Serginho com Edson Ratinho várias vezes).

Nesse jogo aberto, com a bola quase sempre perto da área, o Mogi Mirim abriu o placar em um lance de sorte. O lateral-esquerdo santista Emerson pediu atendimento médico e deixou um buraco na zaga. Não adiantaram os berros do técnico Oswaldo de Oliveira. Por ali, Everton Sena avançou e cruzou para Fernando Baiano marcar de letra. É, aquele mesmo do Corinthians e do Flamengo. Foi o primeiro gol do atacante de 34 anos pelo clube.

Emerson conseguiu corrigir sua falha involuntária aos 42 minutos. Ele armou um contragolpe e, dentro da área, recebeu um passe de calcanhar de Gabriel para empatar o jogo. Foi seu segundo tento em três jogos como titular, média de atacante. No lance, Gabriel também se redimiu de uma atuação discreta para quem deveria armar o time.

Foi Cícero quem ocupou essa lacuna da armação, que voltou a aparecer no segundo tempo. Deixando sua posição de volante marcador, o meia foi à frente de acertou um belo chute, aos 10 minutos. No rebote, Leandro Damião marcou seu terceiro gol com a camisa do Santos em sete jogos.

Dez minutos depois, quando o Santos começava a segurar o jogo, a defesa mostrou que é justa a preocupação da diretoria com a contratação de mais um zagueiro depois das contusões dos titulares Edu Dracena e Gustavo Henrique. Neto e Jubal mostraram seus problemas de posicionamento e deixaram Magrão sozinho para empatar, após grande defesa de Aranha.

Antes do gol, Oswaldo de Oliveira havia sido esperto ao trocar Geuvânio pelo espevitado Rildo. O treinador ganhou a aposta porque, no minuto seguinte, Rildo recebeu passe de Cicinho e colocou o Santos de novo à frente. Apesar dos riscos - a bola aérea e um chute de Everton Heleno -, o Santos só mostrou inspiração aos 37 minutos. O voleio de Arouca para fazer o quarto gol no lance mais bonito da partida. E ainda deu tempo de Lucas Lima, aos 45, decretar a goleada.

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