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Na falta de bom futebol, vamos de seribolo jurídico mesmo. O fracote time do Atlético está na berlinda frente ao escrete de advogados aquartelado na Arena da Baixada. É papel pra todo lado com um "nesses termos pede deferimento" no rodapé.

Além das folhas do caso Morro e depois Marcos Malucelli, existem papéis mais delicados, estes em defesa do goleiro Rodolfo, por doping. Os timbrados pediam redução da pena de dois anos de afastamento, imposta ao arqueiro pelo STJD porque teria aspirado ilícitos antes do jogo contra o CRB, pela quinta rodada – 2 a 0 para os alagoanos. Rodolfo confessou vício em cocaína, más companhias e origem pobre em Santos. Tudo verdade, pergunte ao pó.

Porém, o STJD cravou o martelo nos dois anos. Rodolfo, assim, só volta a jogar em 2014. Cabe recurso no Pleno. Os discípulos rubro-negros de Têmis ainda se debruçam sobre papelório que empurram Rodolfo novamente ao banco de réu confesso, agora por reincidência. O golquíper meteu de novo o nariz onde não devia às vésperas do compromisso com o Ceará, pela sétima rodada – também derrota, 1 a 0, em Fortaleza.

Essa papelada toda pode atravessar o Atlântico e pousar na mesa da Corte Arbitral do Esporte, na Suíça, e Rodolfo corre risco de ser banido do futebol. Mesmo a pena de dois anos seria pesada, imagine afastamento definitivo de seu ganha-pão? O que faria Rodolfo sem a meta pra defender? Vender capinha de celular em sinaleiro? Buscar eletrônicos no Paraguai? Se integrar aos "bródes" de Santos?

Uma sanção de seis meses de isolamento com matrícula em clínica de reabilitação, onde Rodolfo já tem ficha, estaria de bom tamanho. Assim a Justiça Desportiva devolveria um garoto ao esporte ao invés de empurrá-lo ao ostracismo e sabe-se lá Deus pra onde mais.

O caso mostrou que uso de cocaína não é garantia de melhor performance em campo. Fosse assim, Rodolfo não teria tomado os três gols que levaram o Atlético a perder para CRB e Ceará.

Enfim, punição sim. Filicídio não, senhores.

O segundo gol do Vasco saiu na segunda falta seguida no mesmíssimo lugar, quase no bico da grande área (Escudero é esforçado, mas meio atarantado, não é não?). Havia o alerta pra evitar faltas perto da área. Juninho Pernambucano é daqueles que esperam por isso como um chacal e, na cobrança, Wendel fez. Os alviverdes chiaram que a bola teria batido no braço de um defensor vascaíno. Revi o lance e não enxerguei irregularidade.

Depois dos dois gols bisonhamente perdidos por Aquino, o empate no Rio, no finzinho, foi ótimo; rendeu um passinho pra fora da ZR. Mas passinhos são bons pra dançar, não para jogar futebol vencedor.

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