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Saulo Cavalari defende o cinturão em Paris, no Glory 28 | Divulgação/Glory
Saulo Cavalari defende o cinturão em Paris, no Glory 28| Foto: Divulgação/Glory

Único brasileiro dono de um título mundial de kickboxing na atualidade, o paranaense Saulo ‘Clay’ Cavalari, 27 anos, é um daqueles raros casos de pessoas que gostam do próprio apelido.

Pudera. Como não se motivar com a alusão ao lendário boxeador americano Muhammad Ali (que nasceu Cassius Marcellus Clay Jr.)?

“Eu tinha um cabelo black power e na minha primeira luta de boxe, contra um cara mais velho e mais forte, tive que correr muito no ringue para fazê-lo cansar. O pessoal, então, começou a falar que eu lutava igual ao Clay, e ficou”, conta o lutador, que neste sábado (12), em Paris, na França, defenderá o cinturão meio-pesado (até 95 kg) do Glory, um dos principais torneios de kickboxing do mundo. Seu adversário será o russo Artem Vakhitov, de 24 anos.

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Junto com a alcunha, Cavalari adotou, talvez involuntariamente, uma característica do maior boxeador de todos os tempos: a arte da provocação.

Depois de conquistar o título, em setembro do ano passado, uma das primeiras coisas que o curitibano fez foi desafiar o campeão da categoria de cima, o peso-pesado holandês Rico Verhoeven. E sem papas na língua.

“Gosto de movimentar esse outro lado da luta, ser um lutador mais antigo, de dizer ‘vou te derrubar’. Acho que isso me motiva mais. Sou assim mesmo”, explica o lutador de origem humilde, criado no bairro Caiuá, apaixonado por filmes de luta e fã de Wanderlei Silva.

O pedido, feito em inglês, ainda no ringue, não surtiu efeito, já que o holandês se esquivou. Mas o jeitão provocador, bancado por um estilo de luta agressivo capitaneado pelo muay thai curitibano, transformou Cavalari no maior expoente nacional do kickboxing – e também um dos melhores do mundo.

Em 33 lutas, são 30 vitórias e apenas três derrotas. “Já me sinto realizado. Estou bem posicionado na minha carreira. Mas estou atrás de mais. Quero mais”, diz.

Assim como Muhammad Ali, que em 1976 se tornou um dos precursores das artes marciais mistas (MMA) ao lutar contra o wrestler japonês Antonio Inoki, Cavalari também pensa em migrar para o esporte de combate mais popular. A estreia, inclusive, deve acontecer ainda em 2016.

“Quero manter os dois esportes, mas vou fazer a transição ao MMA. Venho conversando com vários eventos”, revela Clay Cavalari, citando o torneio japonês Rizin como um possível destino. “É um grande incentivo ser comparado a uma lenda. Mas meu objetivo é um dia eu me tornar uma lenda”, fecha.

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