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Goiti Yamauchi, de 20 anos, vai lutar no Bellator | Ivonaldo Alexandre/ Gazeta do Povo
Goiti Yamauchi, de 20 anos, vai lutar no Bellator| Foto: Ivonaldo Alexandre/ Gazeta do Povo

Perfil

Lutador paranaense usa jiu-jítsu como arma de sucesso no MMA

O jiu-jítsu está na vida de Goiti Yamauchi, 20 anos, desde a infância, ensinado pelo tio e treinador Ossamu Yamauchi. Faixa-marrom, ele aplica com perfeição os movimentos da arte suave nos ringues de MMA. Tanto que 12 de seus 14 triunfos aconteceram por finalização.

O golpe mata-leão, responsável por oito vitórias, é o preferido nos combates. Mas para competir internacionalmente, o que acontece a partir de hoje, às 22 h, no Bellator 99, o curitibano sabe que não pode parar de melhorar.

"A evolução tem de ser constante. O Brasil é o lugar mais difícil de lutar, mas lá fora vão mudar alguns detalhes. Os atletas são mais inteligentes, usam mais a estratégia...", relata o paranaense, que garante que não entra no ringue pensando em finalizar.

Estratégico, ele só tenta levar o duelo para onde não sofre risco e é soberano. "Sei que posso fazer a luta em pé. Mas se no chão é mais fácil, sem problema. Vou para acabar mais rápido", explica ele, que só precisou passar do primeiro round em cinco lutas.

Duas propostas chegaram às mãos do paranaense Goiti Yamauchi no início deste ano: do UFC, principal torneio de MMA (artes marciais mistas) do mundo, e do Bellator, seu principal concorrente. Depois de ouvi-las, o lutador de 20 anos não teve dúvida sobre qual caminho seguir.

E não foi apenas o salário mais vantajoso que convenceu o peso-pena (até 66 kg) a competir no evento menos badalado. Um ‘plano de carreira’ oferecido pelo Bellator foi essencial para a decisão. "Garanto que [a proposta] foi muito melhor do que a do UFC. Eles [Bellator] vão querer construir minha carreira dentro do evento. Vou crescer junto com eles", prevê Yamauchi, que estreia hoje, a partir das 22 h, em Temecula (EUA).

Em três anos de profissionalismo, o curitibano chamou a atenção tão rápido quanto costuma finalizar seus combates. Com 14 vitórias e somente 1 revés no cartel, ele foi observado por vários meses antes de assinar com o evento baseado na Califórnia.

Antes de entrar no torneio da categoria – a competição funciona com chaves pré-definidas, ao contrário do UFC – Yamauchi fará algumas lutas de desenvolvimento. Hoje, por exemplo, ele enfrenta o americano Musa Toliver no card preliminar.

Mas os planos para o nipo-brasileiro são enormes. "Goiti é uma tremenda promessa. Ele é potencialmente um dos melhores jovens lutadores em todo MMA", elogia o presidente do Bellator, Bjorn Rebney, em entrevista por e-mail à Gazeta do Povo.

"O céu é o limite para ele. Sua luta em pé e jiu-jítsu são ótimos. Se continuar a desenvolver seu jogo, ele tem o potencial para virar uma estrela do esporte", adiciona Rebney.

O rótulo de promessa, entretanto, não agrada ao brasileiro. Considerado por especialistas como o mais talentoso atleta a sair de Curitiba desde o trio Anderson Silva, Wanderlei Silva e Maurício Shogun, Yamauchi sabe que é a maior esperança de um título mundial retornar à capital paranaense em um futuro próximo.

"Não estou indo lá para ser mais um. Estou indo para ser campeão. Sou novo ainda, mas trabalho duro", afirma ele, que esbanja confiança em suas qualidades no jiu-jítsu e também na trocação. "Hoje me vejo preparado para enfrentar qualquer um do meu peso. Desde o José Aldo [campeão do UFC] e até o Pat Curran [campeão do Bellator]. Com treinamento bem feito posso sair vitorioso de qualquer luta", aposta.

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