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Falta de reconhecimento e "desafetos" fizeram Paulo Welter deixar a direção de futebol do Paraná | Daniel Castellano / Gazeta do Povo
Falta de reconhecimento e "desafetos" fizeram Paulo Welter deixar a direção de futebol do Paraná| Foto: Daniel Castellano / Gazeta do Povo

Convocado como um verdadeiro "bombeiro" no calvário em que o Paraná Clube estava em agosto deste ano, Paulo Welter deixou o clube em caráter irrevogável no último fim de semana e colocou um ponto final na sua carreira como dirigente de futebol. Anteriormente, o ex-diretor de futebol do Tricolor passou pelo Paraná em 2003, e justamente por este trabalho é que ele foi lembrado pelo presidente Aurival Correia neste ano. Contudo, o quadro atual mostra que Welter coloca até a sua nova posição em xeque, apenas como torcedor.

"Acho que nem como torcedor vou acompanhar. Se eu for ao estádio, capaz de acharem que eu quero algum cargo", afirmou Paulo Welter, por telefone, à Gazeta do Povo Online. Aurival Correia havia afirmado, logo depois da renovação com o técnico Paulo Comelli, que Welter seguiria no clube, posição bem diferente da apresentada pelo então diretor de futebol. Bastante desgastado durante o conturbado período que quase resultou no rebaixamento paranista para a Série C do Brasileirão, ele queria uma definição do mandatário tricolor quanto aos rumos do departamento de futebol.

Sem um vice-presidente desde a saída de Durval de Lara Ribeiro, o Vavá, no meio do ano, coube a Paulo Welter assumir o departamento, o que resultou em muitos problemas e desgaste para o então diretor. "O desgaste neste ano foi terrível, após a derrota para o São Caetano, fui chamado de ladrão. Eu estava com o meu filho e isto me magoou muito. Quero que alguém prove que tirei um centavo deste clube. O time não poderia ter caído, e aqueles que derrubaram saíram ilesos", comentou, após a vitória sobre a Ponte Preta, no dia 15 de novembro.

Ao contrário do que foi dito pelo presidente do Paraná, no momento em que Paulo Welter colocou o cargo a disposição, a diretoria não fez qualquer esforço para mantê-lo. Ele só ganhou um breve aperto de mão de Aurival Correia. Pouco para quem abriu mão da vida pessoal para viajar, contratar jogadores e uma comissão técnica de forma emergencial para o clube não cair.

"Não tenho nenhum rebaixamento no meu currículo, pode levantar. É o que me importa. Estou vendo muito ‘glamour’, muito falatório, mas quero ver tirar o Paraná desta situação", alfinetou, em referência à apresentação de Márcio Vilella nesta quinta-feira, como novo vice de futebol. Apesar da mágoa, Paulo Welter não dá detalhes da sua saída, dizendo que é um fato superado.

"Não quero mais trabalhar com futebol. Deixemos este assunto para lá", resumiu, sem nomear os seus "desafetos" na atual diretoria do Tricolor.

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