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Marta e Cristiane comemoram um dos gols brasileiros no baile contra a Alemanha | LIU JIN/AFP
Marta e Cristiane comemoram um dos gols brasileiros no baile contra a Alemanha| Foto: LIU JIN/AFP

Você em Pequim: Mande fotos das suas experiências durante os Jogos Olímpicos

  • Marta avança na jogada apesar da entrada de Lingol da Alemanha
  • Brigit Prinz comemora o gol da Alemanha que abriu o marcador: fora este lance, a atacante alemã pouco apareceu na partida
  • Formiga comemora o primeiro gol brasileiro, marcado por ela, fazendo com as mãos os óculos da Formiga Atômica, personagem de desenho animado
  • Cristiane dá um salto mortal para comemorar um de seus dois gols na vitória do Brasil
  • Cristiane dá um salto mortal para comemorar um de seus dois gols na vitória do Brasil
  • Cristiane comemora um de seus dois gols na goleada brasileira sobre as alemãs por 4 a 1
  • Cristiane passa por Peter da Alemanha
  • Marta chuta com seu pé esquerdo; a canhotinha do Brasil fez um gol e deu passe para outro
  • Seleção Brasileira de Futebol Feminino comemora a grande vitória de 4 a 1 sobre a Alemanha

É Carnaval em Xangai. Cristiane, Marta e Formiga comandaram o baile em cima das alemãs, na manhã desta segunda-feira pelo Torneio de Futebol Feminino dos Jogos Olímpicos de Pequim, com uma vitória por 4 a 1. A vaga na final foi conquistada com autoridade, principalmente no segundo tempo, que foi algo digno dos maiores times do futebol brasileiro da história.

No primeiro tempo a Alemanha começou apertando e teve diversos lances de perigo nos primeiros minutos. Para fazer o primeiro gol contou com um presente da defesa brasileira. Aos 9 minutos, Érika tentou dominar uma bola na defesa e foi desarmada por Brigit Prinz, que avançou, driblou Bárbara e tocou para o fundo das redes.

Aí o Brasil tomou conta do jogo, porém teve grandes dificuldades de penetrar na fechada defesa alemã. Por sua vez, as alemãs apostaram em perigosos contra-ataques. Em um deles, aos 17, Hingst obrigou Bárbara a fazer grande defesa.

Da metade do primeiro tempo em diante, só deu Brasil, que tentou aos 19 com Formiga de longe para defesa da boa goleira Angerer. Angerer também defendeu um chute de Marta, aos 26, mostrando porque estava invicta, sem sofrer gols nos Jogos Olímpicos.

Cristiane tentava resolver sozinha e acabou sendo desarmada em vários lances, mas tudo começou ao mudar aos 42 minutos. Cristiane dribla a zagueira alemã passando a bola por baixo das pernas e cruza rasteiro. Martatenta chutar e o chute acaba virando um corta-luz para Formiga chegar e encher o pé. Era o empate brasileiro e a queda da invencibilidade da goleira Angerer.

O empate fez o Brasil apertar mais ainda a Alemanha, obrigando Angerer a trabalhar num chute de Marta aos 44. E o primeiro tempo acabou para alívio das alemãs, que mal sabiam o que as esperava no segundo tempo.

O Brasil começou o segundo tempo como começou e com um ingrediente a mais: o contra-ataque fulminante. Aos 4, a Alemanha teve um escanteio e a defesa brasileira afastou, ligando a jogada para a velocidade de Marta, que carregou e encontrou Cristiane livre para bater para o gol. O placar estava virado, mas as brasileiras não ficaram satisfeitas e resolveram repetir a dose.

Aos 7, novo escanteio para a Alemanha. Bárbara defendeu e saiu rápido. Desta vez, Cristiane arrancou e devolveu a assistência para Marta, que cortou a defesa e deu um toque sutil para o gol. Terceiro gol brasileiro. Inimaginável para a defesa alemã, que não tomava um gol há tanto tempo.

A Alemanha sentiu o golpe mais uma vez e começou a tentar jogadas, mas parava na defesa brasileira e na goleira Bárbara. Mas ainda tinha mais.

Assim como Zico contra a Iugoslávia, no Serra Dourada, no último amistoso antes da Copa de 1986, Cristiane – que tinha um ano de idade na época – recebeu e fintou várias adversárias num espaço curto e bateu na saída da goleira. A diferença foi apenas que Zico passou por cinco adversários e saiu de um espaço maior e Cristiane passou por quatro. Mesmo assim, o quarto gol brasileiro, aos 30 do segundo tempo, com certeza entrará para a galeria dos grandes gols do futebol mundial. Foi o ápice da goleada brasileira.

Cabia mais. Aos 33, Marta pôs a zaga para dançar e tocou para Francielle – que acabara de entrar. Francielle perdeu um gol feito ao chutar torto, porém não fez diferença, pois a torcida começou a gritar olé enquanto o Brasil girava a bola de jogadora para jogadora.

A Alemanha até tentou diminuir o marcador no final, mas a zaga brasileira e a goleira Bárbara impediram a alteração do placar clássico. A Alemanha estava há mais de seis anos sem sofrer quatro gols numa partida e sucumbiu diante do futebol mágico das brasileiras. Para as alemãs, resta disputar o bronze. Para as brasileiras, é a hora de tentar o ouro inédito às 10 horas de quinta-feira, contra os Estados Unidos, numa revanche da decisão dos Jogos de Atenas-2004.

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