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Bruno Prada (esq) e Robert Scheidt comemoram a prata na classe Star | AFP PHOTO/DON EMMERT
Bruno Prada (esq) e Robert Scheidt comemoram a prata na classe Star| Foto: AFP PHOTO/DON EMMERT

Após 7 das 10 regatas da fase de classificação, os velejadores Robert Scheidt e Bruno Prada apareciam apenas na 8ª posição da classe Star dos Jogos de Pequim.

Como a ave Fênix da mitologia, os brasileiros renasceram para garantir o quarto pódio olímpico consecutivo de Scheidt, um feito inédito no país.

A medalha de prata em sua primeira Olimpíada na Star sucede o bicampeonato olímpico e uma outra de prata na classe Laser. Desde a estréia dourada em Atlanta-1996, Scheidt esteve entre os melhores em todas as suas participações em Jogos Olímpicos.

Mas a parceria com o proeiro Prada esteve próxima de afundar. Numa raia de ventos inconstantes em Qingdao, a dupla brasileira começou a Olimpíada com um 10º, um 13º e um 11º nas três primeiras provas.

A recuperação só aconteceu nos dois dias finais da competição, quando conseguiram repetir a 3ª colocação nas quatro últimas regatas - incluindo a regata da medalha desta quinta-feira - e alcançaram a prata.

"Ressurgimos das cinzas!", vibrou Scheidt, de 35 anos, após a última regata da Olimpíada, apesar de ainda não saber se teria ficado com a medalha de prata ou de bronze. A dupla brasileira acabou empatada com os suecos Fredrik Loof e Anders Ekstrom, mas a regata da medalha, na qual os suecos ficaram em 10º, foi o desempate.

"Para quem já estava feliz com o bronze...", acrescentou o velejador, que decidiu trocar a Laser pela Star depois dos Jogos de Atenas, em 2004, quando conquistou o bicampeonato olímpico. Scheidt foi prata nos Jogos de Sydney-2000.

Com a medalha na China, Scheidt encosta no também velejador Torben Gral, o maior medalhista olímpico do Brasil. Torben, que atualmente dedica-se à vela oceânica, tem cinco medalhas - duas de ouro, uma de prata e duas de bronze - em seis Olimpíadas.

Mas foi o estreante nos Jogos Bruno Prada, amigo de longa data de Scheidt, quem teve participação fundamental para a recuperação da dupla, segundo o próprio comandante. "Muito desta vitória é dele, que teve tanto empenho. Mais de cinquenta porcento, eu diria", afirmou Scheidt sobre o parceiro, segundo nota do Comitê Olímpico Brasileiro.

O proeiro festejou o vento forte dos últimos dias. "No começo, tivemos falta de sorte, mas ela chegou na hora certa. Os ventos estavam fracos, irregulares, isso atrapalhou muito a gente. Mas a virada foi ontem. Velejar com vento assim é que é gostoso. Competir com vento irregular é como jogar futebol num campo esburacado: nivela por baixo", afirmou.

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