• Carregando...
Yamaguchi 
Falcão vibra com a façanha: o azarão  brasileiro acabou com o favorito cubano na categoria até 81 kg | Murad Sezer / Reuters
Yamaguchi Falcão vibra com a façanha: o azarão brasileiro acabou com o favorito cubano na categoria até 81 kg| Foto: Murad Sezer / Reuters

Esquiva no ringue

O brasileiro Esquiva Falcão Florentino entra no ringue amanhã, às 11 horas (de Brasília), para encarar Anthony Ogogo, da Grã-Bretanha, por uma vaga na final dos médios (até 75 kg). Esquiva, que se perder leva o bronze, estreou com vitória tranquila sobre Soltan Migitinov, do Azerbaijão, por 24 a 11. Nas quartas de final, ganhou do húngaro Zoltan Harcsa por 14 a 10. O capixaba, de 22 anos, chegou credenciado pelo bronze no Mundial de Boxe, em 2011.

Atleta do ano em Cuba e favorito ao ouro na categoria dos meio-pesados, Julio La Cruz Peraza batia palmas tímidas. Não para si próprio, em comemoração, mas para Yamaguchi Falcão, responsável por uma das principais zebras dos Jogos de Londres.

O brasileiro acabara de vencer o atual campeão mundial na categoria até 81 kg por 18 pontos a 15, garantindo ao menos a medalha de bronze e uma vaga nas semifinais da categoria. "A família Falcão é f...", gritou, em referência ao irmão dois anos mais novo, Esquiva, que havia se classificado à semifinal dos médios, e ao pai, o lutador de vale-tudo Touro Moreno.

Esquiva disputa amanhã sua semifinal, contra o inglês Anthony Ogogo (leia mais nesta página). "Estou louco para ver meu irmão", disse Ya­­ma­­guchi – nome dado a ele pelo pai, em homenagem a um vizinho que era professor de judô e foi assassinado. Ele e o irmão comemo­ram as vitórias formando um "T" com os braços, em homenagem ao pai, que teve 18 filhos, 15 deles ainda vivos.

A dupla familiar tem a oportunidade de repetir o feito dos irmãos Michael e Leon Spinks, campeões, coincidentemente, entre os médios e meio-pesados em Montreal, em 1976. "Estou com vontade de chegar ao quarto e dar um grito para tirar essa coisa que estava engasgada desde [o Pan de] Guadalajara", festejou. Ele se refere à eliminação do torneio no México, em 2011, justamente para o rival cubano.

"Quando saiu o sorteio e soube que ia pegar o cubano, nem pensava nos outros adversários. Me preparei bastante para ele", contou "Yama", como a torcida brasileira presente à Arena ExCel o chama durante os combates.

O cubano era a grande aposta de Cuba para a quebra de um tabu: o país jamais produziu um campeão olímpico no peso. Em 2011, Peraza foi campeão do Mundial amador e eleito o atle­­ta do ano em Cuba. A semifinal será ama­­nhã, às 18 h (de Brasília).

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]