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Martine e Kahena com a medalha dourada: triunfo garante mais uma Olimpíada com medalha para a vela | Albari Rosa/Gazeta do Povo
Martine e Kahena com a medalha dourada: triunfo garante mais uma Olimpíada com medalha para a vela| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

Desde 1996, em Atlanta, o Brasil ganha pelo menos uma medalha na vela olímpica. E a tradição não poderia ser quebrada no Rio de Janeiro. Última esperança do país no esporte na Rio-2016, a parceria entre Martine Grael e Kahena Kunze manteve o costume em grande estilo, com a medalha de ouro nesta quinta-feira (18), na classe 49erFX, na Marina da Glória.

QUADRO DE MEDALHAS: veja como está o Brasil nos Jogos Olímpicos do Rio

Em todas as voltas da regata da medalha, que teve o Pão de açúcar como pano de fundo, as brasileiras se mantiveram entre as três melhores. Na última, porém, ultrapassaram as neozelandesas Alex Maloney e Molly Meech para subir ao lugar mais alto do pódio. O terceiro lugar ficou o barco da Dinamarca, capitaneado por Jena Hansen e Katsja Steen Salskov-Iversen.

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Até a decisão, que vale pontos em dobro, foram disputadas 12 etapas. Martine e Kunze chegaram à regata da medalha em um triplo empate na liderança, com 46 pontos perdidos, ao lado barcos de Espanha e Dinamarca. A Nova Zelândia tinha apenas um ponto perdido a mais (47) e também brigava pelo título.

Melhor para a dupla local, que tem no sangue o amor pelo esporte. Martine é filha do bicampeão olímpico Torben Grael, que também é coordenador técnico da equipe brasileira da vela. O pai de Kahena, Cláudio Kunze, por outro lado, já foi campeão mundial júnior na classe Pinguim.

Histórico da vela

Com o pódio de Martine e Kahena, a vela brasileira chegou a 18 medalhas na história dos Jogos, sendo uma das modalidades mais vitoriosas do país. Oito foram conquistadas pela família Grael. Além de Martine, seu pai Torben tem cinco medalhas em Olimpíada e o tio Lars tem duas.

O primeiro pódio veio nos Jogos de 1968, com o bronze de Reinaldo Conrad e Burkhard Cordes na classe Flying Dutchman. Em 1976, na mesma classe, Conrad e Peter Ficker ficaram em terceiro lugar. Já em 1980 Lars Björkström e Alexandre Welter, na Tornado, ganharam o ouro, assim como Marcos Soares e Eduardo Penido, na 470.

Nos Jogos de Los Angeles, em 1984, a família Grael começou a brilhar. Torben, ao lado de Daniel Adler e Ronaldo Senfft, ficou com a prata na classe Soling. Na Olimpíada de Seul, em 1988, Lars Grael e Clínio Freitas ficaram com o bronze na Tornado. Torben também levou o bronze para casa, na Star, ao lado de Nelson Falcão.

Em Atlanta-1996, Torben Grael e Marcelo Ferreira, na Star, e Robert Scheidt, na Laser, fizeram uma ótima competição e garantiram o ouro para o Brasil. Já a dupla Lars Grael e Kiko Pellicano levou o bronze na classe Tornado.

Na Olimpíada de Sydney, Torben Grael e Marcelo Ferreira ficaram com o bronze na classe Star, enquanto Scheidt foi prata na Laser.

Mas eles se superaram na edição seguinte. Nos Jogos de Atenas, em 2004, o Brasil conquistou dois ouros com seus principais velejadores da história. Scheidt foi ao lugar mais alto do pódio na classe Laser e a dupla Torben Grael e Marcelo Ferreira ganhou o primeiro lugar na Star.

Nos Jogos de Pequim, em 2008, a vela brasileira ganhou duas medalhas: com Fernanda Oliveira e Isabel Swan, um bronze, na 470, e com Robert Scheidt e Bruno Prada, na classe Star, que ficaram com a prata.

Quatro anos depois, em Londres, a dupla Scheidt e Prada repetiu a dose e faturou o bronze na mesma classe.

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