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Na manhã desta terça-feira (26), o ministro do Esporte, Orlando Silva, declarou que mais investimentos nas modalidades olímpicas devem ser anunciadas antes do final de 2010 e afirmou esperar que até 2012 todas os esportes que disputam medalhas em Jogos Olímpicos tenham uma receita três vezes maior do que têm hoje.

Orlando Silva não descarta maior investimento do próprio governo e de empresas estatais, como foi o caso da Petrobras, que na segunda-feira passada anunciou um investimento de R$ 256 milhões para cinco modalidades (tae kwon do, esgrima, remo, boxe e levantamento de peso) até 2016.

As declarações do ministro foram feitas durante o lançamento da Superliga Masculina de Vôlei, em São Paulo, promovido pela Confederação Brasileira de Voleibol (CBV). "Estamos focados [o governo federal] em atuar diretamente no esporte olímpico, orientando na captação de recursos, mobilizando as confederações. Aposto em ampliação desses recursos. Se não até o final de 2011, espero que até os Jogos de Londres (2012), todas as modalidades olímpicas recebam o triplo do que recebem hoje. Para tanto, é preciso mobilizar governos, empresas estatais e também a iniciativa privada".

Além dos patrocínios de empresas públicas aos esportes – Caixa Econômica Federal, Petrobras, Eletrobras, Banco do Brasil, Infraero, Correios -, o governo contribui com verbas via Lei Piva, que destina 2% da renda das loterias ao esporte, que é repassado e distribuído pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB). Um dos critérios para definir quanto cada confederação receberá desse montante, que em 2009 foi de R$ 32 milhões, é o cumprimento de metas de desempenho.

Dentro dessa resolução, o vôlei é um dos esportes mais favorecidos, recebendo cerca de R$ 2,5 milhões. "O vôlei hoje tem um modelo de gestão no Brasil que é exemplo do que é possível fazer no esporte [em questão de planejamento e organização]. O vôlei hoje caminha com suas próprias pernas", afirmou o ministro.

Ainda assim, Orlando Silva afirmou que não pretende exigir do COB uma redistribuição das verbas, privilegiando os esportes nanicos. "Aposto em ampliar os recursos", destacou. Sobre as medidas que visam garantir um bom desempenho dos atletas brasileiros na Olimpíada que o país sediará, em 2016, como a Medida Provisória 502/2010, com maior intervenção do governo, declarou: "Com investimentos em algumas modalidades começando hoje, não haverá tempo hábil para se converterem em medalhas em 2016. Meu foco maior não é 2016, mas sim a partir de 2017. É preciso implantar planos de gestão que possa resultar no crescimento efetivo do esporte, no esporte escolar, de base, na criação de redes de treinamento esportivo nas cidades", disse.

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