Adversário do Paraná na primeira fase da Copa do Brasil, quarta-feira (6), às 21h30, no Batistão, em Aracaju, o Itabaiana coloca a tranquilidade financeira do clube em 2019 em campo no duelo único com os paranistas.
TABELA: confira todos os jogos da Copa do Brasil 2019
Avançar para a segunda etapa do torneiro reforçará o cofre do vencedor em R$ 625 mil. Isto porque R$ 500 mil já estão garantidos apenas pela participação. Ou seja, quem passar de fase, levará para casa R$ 1,125 milhão.
Valor que praticamente bancaria os salários do time do Sergipe, que ainda disputará a Série D, até o fim da temporada. Vale lembrar que, em caso de empate, o Tricolor avança.
Apesar dos 2,5 mil quilômetros que separam Curitiba de Itabaiana, os rivais inéditos do mata-mata nacional guardam histórias e curiosidades em comum.
Coração Valente
O ex-atacante Washington, que defendeu o Paraná em 1999 e o Athletico em 2004, treinou o Itabaiana na Série D de 2018. A passagem durou apenas um mês. O ex-artilheiro classificou o time para o mata-mata da disputa, com três vitórias, um empate e duas derrotas.
Mesmo assim, acabou demitido após o fim da frase de grupos. “Fui demitido, por incrível que pareça. Vai ficar na história. O time que é classificado demite o treinador”, desabafou Washington na ocasião.
Litígio
Em 2015, Paraná e Itabaiana travaram uma batalha judicial pelo jovem atacante Yan Phillipe. O Tricolor acabou condenado a pagar R$ 600 mil ao clube sergipano. Segundo a Justiça, o Paraná contratou Yan irregularmente em 2014, após o atleta ser artilheiro do Sergipano Sub-19.
O jogador foi emprestado ao Grêmio mas, antes disso, entrou na Justiça por salários atrasados e rescindiu contrato com o Itabaiana, assinando em seguida com o Paraná. No entanto, segundo a Lei Pelé, ele teria que esperar até 30 meses antes de acertar com outro clube, motivo da punição judicial ao Tricolor.
Parceria
Em contrapartida, os clubes voltaram a negociar em 2018. O lateral-esquerdo Juninho fechou um teste no Paraná, após se destacar pelo Olímpico de Itabaianinha na segunda divisão sergipana. A transação aconteceu em parceria com o Itabaiana.
Na ocasião, o então gerente de futebol paranista, Rodrigo Pastana, chegou a falar em uma parceria com o clube sergipano para utilização de atletas das categorias de base. Mas a parceria não avançou e terminou com o próprio Juninho, que segue no elenco paranista em 2019.
Casa interditada
Tradicionalmente, o Itabaiana manda suas partidas na cidade de mesmo nome, no estádio Etelvino Mendonça, o Mendonção. No entanto, a praça esportiva está interditada desde junho de 2018, por não possuir os alvarás exigidos.
Por causa disso, o time sergipano mandará seu jogo contra o Paraná no estádio Lourival Baptista, o Batistão, com capacidade para 15 mil pessoas, em Aracaju, distante cerca de 60 quilômetros de Itabaiana. Os ingressos variam entre R$ 15 e R$ 50.
Destaque no Estadual
Vice-campeão sergipano de 2018, o Itabaiana aparece na segunda posição da disputa de 2019, atrás do Confiança. São duas vitórias e dois empates em duas partidas. O destaque do time é o volante Gaúcho, artilheiro do Tremendão, como o clube é conhecido, com dois gols.
O elenco é comandado pelo experiente técnico Luiz Carlos Cruz, com passagens por mais de 25 clubes do futebol brasileiro. No Paraná, treinou Galo Maringá, em 2006, Pato Branco, em 2010, e conquistou o acesso do Cascavel CR à elite paranaense, em 2018.
Análise
Setorista do Itabaiana na rádio FM Itabaiana, o repórter Genário Santos destaca o conjunto com o principal característica do Tremendão. “Joga no 4-4-2, com dois volantes, dois meias e dois atacantes. Os destaques têm sido os volantes Gaúcho e Fabiano, mas o time não tem uma vedete. O forte é o conjunto em si”, explica.
“Este jogo representa o restante do ano de salários. Como o time só disputa o Sergipano, campeonato pequeno e curto, e a Série D, este jogo da Copa do Brasil ganha extrema importância”, destaca.
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