Paraná faz dever de casa e a vaga fica mais perto

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Ainda não foi a grande partida esperada pelo técnico Zetti. Quando viu o adversário entrar em campo com uma estranha camisa lilás, o torcedor paranista também não imaginou passar a maior parte do jogo apreensivo. Mas no fim, tudo conforme o planejado: Tricolor 2 a 0 sobre o Real Potosí, liderança do grupo 5 da Libertadores com 100% de aproveitamento e, depois de apenas duas rodadas, classificação muito bem encaminhada para as oitavas-de-final.

Se já foram ao estádio imaginando uma goleada, os torcedores se animaram ainda mais ao ver o Paraná encurralar o assustado adversário de uniforme estranho logo que a bola rolou. Com cinco minutos já haviam sido criadas três ótimas chances, sendo que numa delas o lateral-esquerdo Colque tirou de cima da linha a bola chutada por Josiel.

Mas o gol não veio na pressão inicial. Assim como não viria no restante do primeiro tempo, apesar das várias finalizações do incansável Josiel. Ele tentou de cabeça, de pé esquerdo, de meia-bicicleta, porém a bola só entrou mesmo no lance em que o bandeira marcou impedimento duvidoso. Aos poucos a confiança ia se transformando em nervosismo.

Mesmo com a superioridade tricolor explícita, parecia que faltava algo. Quem viu a vitória por 4 a 2 na semana passada sobre o Unión Maracaibo, na Venezuela, já sabia o que era: o camisa 10 Dinélson entrar no jogo.

Tal qual na terra de Hugo Chávez, o baixinho teve atuação discreta na primeira etapa, com alguns lances de habilidade, mas longe do gol adversário. Quando conseguiu ser objetivo, a retranca boliviana ruiu.

Esquema que sofreu seu primeiro golpe com a expulsão do meia Marco Paz aos 15 minutos. Com mais espaço na entrada da área, Dinélson só precisou de dois minutinhos para dominar, limpar a jogada e colocar a bola no canto direito baixo de Burtovoy. Segundo gol dele no torneio, Tricolor na frente e a confirmação de que um ídolo está surgindo na Vila Capanema.

E não parou por aí. O meia não deixaria o campo sem somar mais uma assistência às suas estatísticas pessoais. Depois de dois passes para gols em Maracaibo, ontem partiu de seus pés a cobrança do escanteio para a cabeçada certeira do zagueiro Daniel Marques aos 27 minutos.

O 2 a 0 levou o Tricolor de Dinélson a seis pontos e a uma situação tranqüila antes dos dois duelos com o Flamengo (nos dias 14, em casa, e 21 de março, no Maracanã). Partidas nas quais o time terá novamente a chance de fazer o grande jogo anunciado por Zetti, ou garantir com antecedência a classificação, antes de reencontrar o Potosí na quinta rodada, desta vez reforçado por 4.030 metros de altitude.

Interatividade

Dinélson já pode ser considerado um dos grandes camisas 10 da história paranista?

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Em Curitiba

Paraná 2Flávio; André Luiz, Daniel Marques, João Paulo e Egídio; Goiano (Vinícius Pacheco), Beto, Gerson e Dinélson (Joelson); Henrique e Josiel.Técnico: Zetti.

Real Potosí 0Burtovoy; Gatty, Rodríguez, Amador e Colque; Claustro, Suárez, Marco Paz e Pena; Líder Paz (Brandan) e Edú Monteiro.Técnico: Félix Bardeja.

Estádio: Vila Capanema. Árbitro: Saúl Laverni (ARG). Gols: Dinélson aos 17’ e Daniel Marques aos 27’ do 2. tempo. Amarelos: Gerson, Daniel Marques, Beto, Egídio (P); Amador, Gatty, Marco Paz (RP). Vermelho: Marco Paz (RP). Público pagante: 10.513 (total de 11.531). Renda: R$ 182.100,00.