Paraná segue com discurso pé no chão

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Esta quinta-feira (6) foi diferente no Paraná Clube: pela primeira vez desde segunda-feira, o clube não apresentou reforço. A conta de novidades estacionou no número quatro: o atacante Paulo Matos, o zagueiro Wellington e os meio-campistas Serginho e Taianan. No lugar dos anúncios, a exposição das dificuldades no mercado, enquanto que os remanescentes e alguns possíveis reforços treinam distantes dos olhares da imprensa no CT Ninho da Gralha.

A postura é explicada pelo vice-presidente de futebol, Paulo César Silva. "A torcida está apreensiva, mas estamos com os pés no chão. Só apresento jogador que assina e passa por testes físicos. Não adianta contratar e só poder usar daqui a um mês. O fato é que Paraná fez um choque de gestão que deveria ter sido feito há 5 anos ou mais. Aí acontece o que aconteceu ano passado. Não vou fazer loucura. Sou torcedor e quero ver mais gente vestir a camisa com orgulho. Não vamos passar vergonha este ano", afirmou Silva.

Vários jogadores de clubes do eixo Rio-São Paulo foram procurados, mas os salários estavam fora da realidade do clube. "Falei com gente do Flamengo, Santos e Corinthians, jogadores de alto nível, mas a verba é outra. Continuamos tentando fazer um time competitivo, mas sem prometer o que não pode", complementou o técnico Roberto Cavalo, que fez indicações e avaliza as contratações.

A equipe tem um amistoso na próxima semana contra o Cerro Porteño, mas a equipe para a partida preocupa Cavalo. "Eu no momento digo que não tenho time para o jogo. Vamos tentar remanejar jogadores. Os que voltaram estão muito abaixo na parte física. A avaliação mostra que é preocupante. Fizemos teste de jogadores sem clubes e aprovamos três jogadores que fizeram três coletivos contra juniores de SP. São jogadores baratos para a formação da equipe", revelou o treinador.

O Paraná tem pelo menos um remanescente a menos no time: o volante Edmar acertou sua saída do clube e assinou com o Bragantino.