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Tetracampeão da Fórmula Indy, incluindo os títulos das últimas três temporadas, o escocês Dario Franchitti revelou nesta sexta-feira (27) insatisfação com o atual calendário da categoria e admitiu ser contra a possibilidade de expansão da categoria para outros países. Assim, também rejeitou a possibilidade da Indy tentar se tornar uma concorrente direta da Fórmula 1.

Ao contrário do que pode parecer, para Franchitti, a presença da Indy em outros países pode trazer problemas financeiros para a categoria, já que quase todos os seus patrocinadores estão baseados nos Estados Unidos.

"A Indy é uma categoria norte-americana, mesmo com a decisão de correr pela primeira vez na China e de voltar para a Austrália. Mas somos uma categoria norte-americana, a base é Indianápolis. É preciso ter cuidado com isso, porque os patrocinadores são norte-americanos", disse. "O grande show internacional é a Fórmula 1. Não devemos fazer isso. Não seria bom um afastamento do nosso mercado", completou.

Apenas em 14º lugar no campeonato, com 52 pontos somados nas três primeiras provas da Indy, Franchitti negou que o seu começo ruim seja pela ausência de provas em circuitos ovais no início do calendário. Porém, revelou insatisfação com a organização da Indy, que programou apenas cinco das 16 provas em 2012 em circuitos ovais.

"Venci muitas corridas em circuitos mistos e ovais, sendo campeão porque sempre fui consistente. Como está nesse ano não me parece o ideal, seria melhor 50% em cada, até pela importância de Indianápolis. Sei que teve circunstâncias especiais que impediram isso. Tenho que ir bem em todas as pistas", comentou.

Sucesso de público nos Estados Unidos na década de 1990, a Indy perdeu espaço após o racha em 1996, quando foi dividida em duas categorias. Unificada em 2008, a Indy ainda tem muito menos público e recursos do que a Nascar no país. E Franchitti culpou os parceiros de TV pelas dificuldades enfrentadas na própria América do Norte.

"No começo dos anos 1990, a Indy era muito forte. Então tivemos a divisão, que foi traumática e marcou as categorias de fórmula no país. A Nascar aproveitou. A unificação aconteceu em 2008, mas é difícil voltar ao mesmo nível. Temos que melhorar a visibilidade nos Estados Unidos, com nossos parceiros de TV trabalhando conosco, trazendo visibilidade. Ou busquem outro parceiro. Isso é importante demais para que o público conheça a categoria", comentou.

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