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A administração de Alberto Dualib no Corinthians surpreende negativamente até quem um dia já foi aliado dele. Clodomil Orsi, vice que assumiu o cargo após o afastamento temporário do presidente, admitiu que vem encontrando muitas dificuldades para colocar a casa em ordem neste período.

- O clube é maravilhoso, mas isso aqui (a parte administrativa) é uma herança maldita. Tentei falar com o Dualib algumas vezes, mas cansei de não conseguir e desisti. É impressionante o que fizeram com este clube. Chegou a um estágio que eu diria que precisa fechar para balanço. É mais ou menos o que estamos tentando fazer. Tudo quanto é gasto, pagamento, eu só assino a liberação depois de tudo estar bem explicado – afirma, em entrevista ao "Diário de S. Paulo".

Apesar de ser um dos vices de Dualib, o dirigente garante não ter qualquer envolvimento com o escândalo de notas frias com a empresa NBL. O esquema tirou dos cofres do Corinthians a quantia de R$ 436,5 mil entre os anos de 2000 e 2005.

- Se aparecer alguma assinatura minha em nota, é falsa. Posso ter assinado chqeues, notas nunca. Fiquei surpreso em ver o grau das denúncias publicadas. Sugeri que eles (Dualib e Nesi) não entrassem na área administrativa do clube - lembra.

Com a praticamente certa saída definitiva de Dualib, Clodomil Orsi descarta assumir o poder por temer algumas reações dos torcedores e para evitar problemas com seus familiares.

- Tenho medo. Minha família tem medo. Eu nunca tive muito jeito com essa história de conversar com a torcida. Então a gente fica preocupado com a forma como algumas pessoas podem reagir – acrescenta.

O pessimisto do dirigente não fica apenas nos bastidores. Segundo Orsi, o Timão dificilmente conseguirá uma vaga na Taça Libertadores, como vem sendo projetado pelo técnico Zé Augusto e pelo elenco.

- Acho que nossa pretensão é ficar próximo ao G-4, na zona da Sul-americana – diz.

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