• Carregando...
 | Valterci Santos / Gazeta do Povo
| Foto: Valterci Santos / Gazeta do Povo

FICHA TÉCNICA: Acompanhe os detalhes e lances de Paraná x Santo André

RESULTADOS: Confira o placar dos outros jogos da rodada da Série B

PRÓXIMOS JOGOS: Sabe com quem que seu time vai jogar na Série B? Clique e confira

CLASSIFICAÇÃO: Veja como ficaram os times após os resultados da rodada

  • Jogadores saíram de campo com proteção policial e protestos da torcida

O Paraná Clube perdeu por 1 a 0 para o Santo André nesta sexta-feira (15) na Vila Capanema e mergulhou em uma crise sem precedentes. Tendo que digerir a sexta derrota consecutiva (foi derrotado antes por Corinthians, São Caetano, Gama, Ponte Preta e CRB) o time fecha o primeiro turno da Série B com apenas 17 pontos conquistados em 19 jogos, na zona do rebaixamento para a Série C.

Durante as 19 rodadas do primeiro turno foram apenas quatro vitórias. Em outras cinco oportunidades o time empatou e foi derrotado por dez vezes. Marcou apenas 18 gols e sofreu 29, com saldo negativo de 11. Para sonhar em permanecer na Série B, o Tricolor precisa vencer dez partidas das 19 que ainda restam na temporada. Levando em consideração que a equipe venceu apenas quatro no 1º turno, a missão não será nada fácil.

Ao final do jogo, o choro do lateral Murilo resumiu o sentimento do torcedor. Apesar de ter sido contratado no decorrer do Brasileirão, o jogador demonstrou comprometimento e lamentou muito a situação do time. "Dominamos o jogo completamente, mas numa bola, numa infelicidade, acabamos levando o gol. Esse choro é porque a gente demora para chegar onde chegou. Temos que trabalhar muito e matar um leão por dia. Tudo que eu vivi até aqui foi difícil e agora temos que encarar essa situação. A gente tem vergonha na cara. É um choro de vergonha, de raiva de tudo", disse o lateral, aos prantos, à rádio Banda B.

O jogo

Pressionados pela provável lista de dispensas que seria divulgada após a partida, os jogadores do Paraná foram para o jogo nervosos. Passes errados, chutes tortos e falhas de posicionamentos eram constantes. A pressão de se conseguir uma vitória a qualquer preço prejudicou o desempenho de alguns atletas paranistas, que automaticamente irritavam o torcedor com suas atuações. Mas não faltou vontade aos jogadores.

"Não é o problema da lista de dispensas. Sempre que o time vai mal, alguém corre o risco de sair. No futebol é assim e tem que se conviver com isso. Mas hoje pelo menos não faltou empenho nem motivação. Faltou tranqüilidade, isso sim", disse o técnico Paulo Comelli.

Finalizar com precisão e tranqüilidade. Esse foi o grande problema do Paraná Clube no primeiro tempo do jogo desta noite contra o Santo André e vem sendo durante boa parte do 1º turno da Série B. Foram criadas pelo menos três chances claras de gol antes dos 20 minutos do primeiro tempo (confira o lance a lance do jogo), mas a falta de tranqüilidade e pontaria prejudicaram o desempenho dos paranistas na hora do arremate.

O Santo André se preocupou apenas em defender. Até os 28 minutos do 1º tempo o time paulista não deu um chute sequer para o gol. O Tricolor era o dono do jogo. Trabalhava a bola pelos dois lados, mas preferia chegar ao ataque em jogadas com Murilo, pela direita. Cruzamentos e chutes de fora da área eram as armas paranistas que, se não foram convertidas em gols, pelo menos mostraram o bom volume de jogo da equipe.

Aos 28 minutos de jogo, Marcelinho Carioca deu o belo passe para Cicinho, que avançou e arriscou o chute. A bola desviou em Luciano, enganou o goleiro Fabiano Heves e só parou nas redes paranistas. 1 a 0 para os visitantes.

As coisas não iam nada bem para o Tricolor. Após o gol adversário, a equipe paranista não conseguiu impor a mesma pressão. Alguns jogadores responsáveis por armar e concluir, como Cristian e Gilson, estavam mal e se tornaram alvos principais da torcida que, logo após o apito final que determinou o encerramento da primeira etapa, vaiou o desempenho da equipe.

Segundo tempo de agonia

Apesar de conseguir manter a posse da bola, o Paraná já não criava mais chances agudas como no primeiro tempo. Com Leonardo no lugar de Gilson, a equipe tentava, mas não chegava a assustar o goleiro Neneca. Aos 3 e 9 minutos, o Tricolor chegou com Marcelinho, mas na primeira o goleiro do Ramalhão defendeu e na segunda o voleio do jogador paranista foi para fora.

O técnico Paulo Comelli tentou alterar o panorama da partida colocando o atacante Fábio Luís e o meia Gláucio, mas o time pouco melhorou com as substituições. Satisfeito com o resultado, o técnico Sérgio Soares administrou o resultado e colocou um volante a mais para tentar garantir a vitória.

O Paraná quase empatou nos minutos finais. Murilo, um dos jogadores mais lúcidos em campo durante o jogo, armou a jogada, abriu espaço e chutou forte. O goleiro Neneca desviou e a bola tocou o travessão. Logo depois, na cobrança do escanteio, Leonardo cabeceou com força, mas o camisa 1 do Santo André fez nova defesa providencial.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]