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Dirigente Vilson Ribeiro de Andrade no túnel do Couto Pereira, onde o clube lembra ídolos e fatos marcantes da sua trajetória | Albari Rosa/ Gazeta do Povo
Dirigente Vilson Ribeiro de Andrade no túnel do Couto Pereira, onde o clube lembra ídolos e fatos marcantes da sua trajetória| Foto: Albari Rosa/ Gazeta do Povo

Em situações opostas, o vice-presidente do Coritiba, Vilson Ribeiro de Andrade, e o presidente do Atlético, Marcos Malucelli, chegam ao clássico como retratos do atual momento de seus times em campo.

O Atletiba que vale a permanência do Furacão (18.º colocado) na Série A e a classificação do Al­­viverde (5.º) à Libertadores marca a despedida de Malucelli do comando do Rubro-Negro. Foram três anos à frente do clube em que não teve sossego com a crescente antipatia da torcida.

Desgosto maior pelo pífio de­­­sempenho do time. No Brasileiro, o Furacão venceu 9 dos 37 jogos e tem o pior ataque do campeonato (média de um gol por partida).

Hoje, Malucelli vai torcer pelo Rubro-Negro em um camarote reservado na Arena, onde não será visto pelos torcedores. Privacidade que não teve na derrota para o América-MG por 2 a 1, há uma semana, que levou a chance de rebaixamento para 91%.

Malucelli afirma que, pessoalmente, não se importa com o fato de o time não ter vencido nenhum clássico contra o Coxa em sua gestão. "O ano não se resume a um Atletiba, mas a 70 jogos". Porém é justamente o clássico desta tarde que define o futuro do clube. "Esse jogo é tudo, não por ser contra o Coritiba, mas por ser o último do campeonato", fala.Há dois meses, o presidente atleticano também acumulou o posto de diretor de futebol, de­­pois da suspensão no STJD de Alfredo Ibiapina. Este sucedeu Valmor Zi­­­mermann, que deixou o cargo em maio.

A instabilidade ganha força ainda com as constantes trocas de técnicos em 2011: Sérgio Soares, Geninho, Adilson Batista, o interino Leandro Niehues e Renato Gaúcho se sucederam até a chegada de Lopes, em 1.º de setembro.

A rotatividade nos bastidores atleticanos é o avesso à estabilidade no Coritiba. Aprovado pela torcida e aclamado em novembro, Andrade assumirá a presidência do clube no final deste mês, depois de dois anos como vice, mas dono da última palavra.

Tem como braço-direito o superintendente de futebol Felipe Ximenes, com amplos poderes no departamento de futebol. Nesta gestão, também ao contrário da administração do rival, o comando técnico foi mudado apena uma vez, porque Ney Franco foi para a seleção brasileira. Não sem antes indicar o sucessor, Marcelo Oli­­­veira, ainda em 2010.

"O Vilson é muito equilibrado, comandou muito bem esse processo: o clube criou um projeto próprio, isso é incomum no futebol brasileiro", avalia o treinador coxa-branca.

O dirigente destaca que os dois principais pontos do sucesso alviverde foram a implantação de uma política empresarial no clube e o equilíbrio financeiro. "As­­su­mimos o clube com um passivo de R$ 80 milhões, sendo R$ 50 milhões em pendências fiscais que foram renegociadas e vêm sendo pagas mensalmente", diz Vilson.

Andrade assistirá ao Atletiba em casa (por recomendação médica), e já declarou lamentar que seu time seja o responsável por rebaixar o rival. O argumento é a ma­­­nu­­­tenção do poder do futebol pa­­­ra­­­naense. A Liberta­­dores viria coroar o ano em que o Coritiba so­­­­ma a conquista do Paranaense in­­­victo, o vice da Copa do Brasil e o re­­corde mundial de vitórias consecutivas (24).

Colaborou Robson Martins.

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