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Mais uma vez as autoridades públicas e esportivas do país reuniram-se, posaram para a mídia e falharam na tentativa de acabar de uma vez por todas com a violência que tomou conta dos estádios de futebol na esteira dos quebra-quebras que tomaram conta das ruas durante as passeatas democráticas de protesto contra a incompetência dos governantes.

Os cartolas da política e do futebol reuniram-se, discutiram e apresentaram mais um projeto inócuo e que muito provavelmente não diminuirá a agressividade das torcidas organizadas. Simplesmente porque elas não estão enquadradas nos parâmetros dos códigos de conduta da sociedade, mas na violência pela violência, em nome de uma estranha paixão pelo seu time de preferência. Talvez o célebre médico italiano Cesare Lombroso pudesse formular alguma teoria sobre as torcidas organizadas do futebol.

Criar padrão de comportamento para as pessoas, cadastrar os brigões, colocar equipamentos eletrônicos nos estádios, instalar delegacias especiais, implementar juizados nos locais de grandes eventos e colocar em prática o desgastado Estatuto do Torcedor, tudo parece muito bonito, mas pouco vai resolver. Como também não resolverá a absurda proposta de punir com a perda de pontos o clube que não conseguir controlar a sua torcida para coibir as brigas nas praças esportivas.

Perder pontos implica mexer na parte técnica da competição, o que significa verdadeiro tiro contra o futebol. Quem garante que não serão infiltrados indivíduos nas torcidas adversárias para provocar conflitos e favorecer o time que se sentir vítima como mandante ou visitante?

Se quiserem continuar perdendo tempo com soluções paliativas prossigam, mas, por favor, não mexam na tábua de classificação. Significará a completa desmoralização dos campeonatos e o começo do fim do futebol brasileiro.

Libertadores

O Atlético iniciará a quarta participação no torneio mais importante do continente enfrentando o Sporting Cristal, no Peru, para decidir a qualificação em casa. Como está sem casa e ninguém sabe quando poderá voltar para casa, provavelmente o Furacão seguirá realizando os jogos nos quais ainda pode ser mandante na Vila.

A Conmebol marcou as partidas inaugurais entre o final de janeiro e o começo de fevereiro o que implicará em radical mudança no planejamento estratégico do futebol atleticano que, por causa da Libertadores, não poderá realizar a extensa pré-temporada adotada neste ano.

Provavelmente o clube vai privilegiar a Libertadores e as competições nacionais, escalando novamente o time sub-23 para o desprestigiado e deficitário Campeonato Paranaense. Mas, para repetir o sucesso desta temporada, a diretoria terá de sair às compras para reforçar o elenco e tentar manter as principais estrelas do time principal.

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