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O Startup Summit 2023 aconteceu de 23 a 25 de agosto em Florianópolis.

Mais de 100 palestrantes

4 insights do Startup Summit de Florianópolis

Millena Prado
Millena Prado
28/08/2023 21:59
O Startup Summit aconteceu na última semana, em Florianópolis, capital de Santa Catarina, e jogou luz sobre temas relacionados à inovação, além de tendências de mercado. Durante os três dias do evento, o Centro de Convenções de Florianópolis recebeu 10 mil pessoas. Outras 28 mil participaram da programação de modo online.
O encontro, que é apontado como um dos principais do ecossistema de startups do país por promover a reunião de empreendedores, investidores, corporações e outros atores importantes do cenário de inovação, teve a presença de 3,5 mil empresas.
O Startup Summit 2023 levou para Santa Catarina empreendedores de todos os estados brasileiros, além de empresários e palestrantes de dez países. Durante a programação, os participantes puderam ouvir 205 palestrantes, sendo 116 mulheres. O encontro também reuniu 80 fundos de investimentos e mais de 100 corporates.
O Startup Summit 2023 reuniu 10 mil pessoas no  Centro de Convenções de Florianópolis e mais de 28 mil expectadores online. Crédito: Fabricio de Almeida.
O Startup Summit 2023 reuniu 10 mil pessoas no Centro de Convenções de Florianópolis e mais de 28 mil expectadores online. Crédito: Fabricio de Almeida.
Entre os palestrantes de relevância internacional estão Eric Ries, criador da metodologia Lean Startup, e Deborah Perry, autora de best sellers. Temas como o futuro do trabalho, ferramentas No-code, além de investimentos de venture capital na América Latina estiveram entre os temas discutidos no evento.
O GazzConecta participou da conferência e selecionou 4 principais insights da programação.

No-code pode ajudar startups a acelerar a criação de MVP’s em até 10x

Painel sobre utilização de ferramentas No-code no Startup Summit 2023. Crédito: Millena Prado.
Painel sobre utilização de ferramentas No-code no Startup Summit 2023. Crédito: Millena Prado.
Renato Asse, cofundador e CEO da Sem Codar, compartilhou, durante a programação do Startup Summit, como ferramentas No-code podem acelerar em até 10 vezes a criação de MVP’s - os mínimos produtos viáveis fundamentais na hora de testar novos produtos e serviços em empresas de base tecnológica.
Segundo Renato, 67% dos sites pouco complexos utilizam tecnologias No-code para o seu desenvolvimento.
Em um cenário de alto custo para o desenvolvimento de MVPs, escassez de investimentos em startups e falta de mão de obra, esse tipo de ferramenta é fundamental. “As ferramentas No-code permitem criar softwares de forma virtual sem a necessidade de saber programação. As ferramentas criam muito mais que sites, permitem o desenvolvimento de soluções lógicas, aplicativos web ou mobile e até bancos de dados”. Exemplos de ferramentas disponíveis na internet, hoje, são Bubble.io, Webflow, Carrd, entre outras.
Empresas como Santander, G4 Educação, Yamaha e BMG utilizam aplicações No-code em seus desenvolvimentos, segundo Renato. Este tipo de solução também é chamada de 5ª geração da programação, já que agora são as máquinas que se adaptam às linguagens humanas e não o contrário.
Para o CEO, este formato pode acelerar a criação de MVPs além de democratizar o mercado de desenvolvimento no Brasil e no mundo.

Onde estão os investimentos de Venture Capital na América Latina?

A escassez de investimentos de Venture Capital em startups também foi um dos temas debatidos durante o Startup Summit, no painel que reuniu Guilherme Penha, Climate Tech Investidor na Silence; Monnaliza Medeiros, Partner e Portfólio Manager na Dealist; e Romero Rodrigues, Managing Partner da Headline.
“Está mais difícil levantar dinheiro, mas o empreendedor que sabe resolver um problema real é o que vai sair em vantagem neste momento”, destacou Romero, da Headline. Para os especialistas, o mercado de investimentos em startups cresce vagarosamente, de acordo com os movimentos de mercado, mas as rodadas caem de forma abrupta.
De um lado, o fundador precisa ser estratégico e gerenciar de forma mais enxuta os seus negócios, mas de outro, cenários de incerteza são os mais favoráveis para o surgimento de empresas com grande potencial de crescimento, conforme explica Romero. “Em geral, são em períodos como este que estamos vivendo, com crise e pouca liquidez, que mais surgem grandes empresas que resolvem dores reais e têm potencial para crescer exponencialmente”.
Monnaliza enfatizou, ainda, que “em cenários de crise, o empreendedor precisa ser mais gestor, já que as captações são mais espaçadas. O gerenciamento de recursos é fundamental”, explica.
Então, quem está conseguindo captar investimentos e para qual tipo de negócio os investidores estão olhando? Para Guilherme Penna, startups com times mais enxutos e que estão em constantes períodos de testes de novos produtos têm sido privilegiadas pelos investidores.
“Startups que tem como base marketplaces em geral, fintechs de atração B2B e clima techs, startups com ênfase na sustentabilidade, têm se mostrado ideais para os investidores. Ou seja, modelos em que a monetização é mais barata e a receita é mais rápida”, descreve.

Corporações também estão de olho nas startups

O investimento de Corporates em startups, como vetor para o impulsionamento de ecossistemas de inovação, também foi um tema bastante debatido durante a programação do Startup Summit. Fernando Freitas, Head de Inovação do Bradesco, liderou o painel sobre a temática.
Para Freitas, quando uma corporação investe em uma startup, precisa levar em conta alguns fatores importantes de decisão, como a receita operacional do próximo ano fiscal, assim como a capacidade de gerar receitas nos próximos cinco anos, entendendo qual é o planejamento da empresa a longo prazo.
O Corporate Venture Capital, também chamado de CVC, é ideal para ajudar grandes empresas a serem mais visionárias em novas tecnologias, assim como para solucionar desafios que, muitas vezes, a corporação não tem background para absorver em um time. Além disso, esta modalidade de investimento pode acelerar a inovação e geração de valor para o cliente final.

Trabalho na era da Web3

Deborah Perry, renomada autora de livros como “Is People, Not Products” e “Secrets of Silicon Valley”, além de especialista em transformar organizações em máquinas de venda, também marcou presença na programação do Startup Summit.
Na palestra “Tecnologias Generativas de IA + Web3 e como isso afetará o futuro do trabalho”, Deborah compartilhou que, com a chegada das tecnologias de Web3, que integram metaverso e inteligência artificial, a realidade vai se misturar com a realidade digital e a sociedade deve passar por uma revolução. Com a popularização das tecnologias, a vida em sociedade, e principalmente o trabalho, será reformulado.
Para a especialista, outro fator determinante será a familiaridade das novas gerações com o mundo digital. “ Vamos presenciar um terremoto de jovens que crescem e aprendem no mundo digital. Esta geração já está familiarizada e já valoriza moedas digitais, por exemplo”, explica a especialista.

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