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Festival Novo Mundo

AO VIVO: Festival online discute futuro da liderança, da educação e da comunicação

GazzConecta
30/04/2020 11:54
Maior congresso de mobilidade do Brasil, o Welcome Tomorrow não deixou a quarentena passar em branco sem discutir como já estamos vivendo o amanhã. Para isso, o evento ganhou uma versão online - o Festival Novo Mundo - que reflete sobre a sociedade pós-coronavírus a partir de mais de 50 especialistas. O evento é transmitido ao vivo pelo GazzConecta.
Nesta quinta-feira (30), terceiro e último dia de evento, o festival começa às 9h com um conteúdo destaque que reflete sobre o isolamento social. Das 10h às 12h, é vez de se discutir o futuro da liderança. Na sequência, à tarde, a educação é o eixo central, com uma programação que vai das 15h às 17h. Para encerrar o evento, a programação aborda o futuro da comunicação. Confira aqui a programação completa.
Confira abaixo alguns destaques do segundo dia de evento, realizado nesta quarta-feira (29), que discutiu o futuro da mobilidade, das cidades e do entretenimento, com mais de 20 palestrantes que participaram do festival online.

O amanhã da mobilidade

O primeiro eixo do dia refletiu sobre o futuro da mobilidade. Uma das videoconferências reuniu Silvia Barcik, diretora de inclusão e mobilidade sustentável da Renault; Davi Miyake, diretor de Operações e Produto da 99; Claudia Sender, membro do Conselho de Administração da Gerdau, LafargeHolcim, Telefonica e Yduqs; além de Rodnei Bernardino, diretor de Negócios Veículos Itaú Unibanco.
Um dos maiores questionamentos dos convidados foi a possibilidade de repensar a forma como nós estávamos investindo dinheiro e tempo em deslocamentos. Para Silvia Barcik, a mobilidade precisa ser mais inclusiva e dar acesso a todas as pessoas em todos os lugares.
“Seremos mais conscientes sobre como queremos gastar o nosso tempo, repensando a vida e o investimento. Essa é a mobilidade do futuro. Estaremos cada vez mais presentes com as pessoas e com o local que estamos hoje”, prevê.
Davi conta que a 99 cogitou tirar o aplicativo de corridas do ar como forma de conter a circulação de pessoas, mas ao invés disso mantiveram o serviço pois a tecnologia oferece uma segurança maior que transporte de massa.
“Nosso objetivo é que as pessoas passem por essa pandemia de forma segura, ou seja, ficando em casa. Pensando nisso nós doamos quatro milhões em corridas em parcerias com os estados do país. Se comparado ao transporte de massa, nosso serviço é muito mais seguro, e algumas pessoas precisam sair, ficar em casa não é uma opção”.
Ele afirma que são decisões cruciais como esta que vão definir o futuro: “Espero que as pessoas passem a acreditar que, se a gente não fizer alguma coisa agora, a conta ainda vai chegar”, defende.
Para Cláudia a indústria da aviação vai passar por severas mudanças que passam por pontos cruciais para que as empresas sobrevivam. Entre elas, a tendências de que o mercado fique cada vez mais nas mãos de pequenas empresas, e adote frotas mais modernas, baratas e menos poluentes.
“Vamos viver em um mundo de empresas menores, com menos frotas e com a oportunidade para que as empresas aposentem seus aviões mais antigos e poluentes, optando por aeronaves mais baratas e reduzindo em até 70% a emissão de carbono. Isso pode ser um salto que a indústria estava demorando para dar em um momento importante como esse”, explica.

O amanhã das cidades

Um dos temas de destaque no eixo que repensa o futuro das cidades foi como a inovação chega (ou não) nas favelas. A videoconferência reuniu Renato Meirelles, do Instituto Locomotiva, e Celso Athayde, CEO da Favela Holding, que reúne empresas que querem atuar em comunidades.
"Para a favela, isolamento social não é novidade. Quem mora em favela sempre foi isolado de seus direitos", relata Celso. "A favela quer um Estado que funcione, que oportunidades e alternativas estejam ao seu alcance, seja isso estado mínimo, máximo ou intermediário".
Durante a pandemia, a Favela Holding está intermediando doações de alimentos feitas por grandes empresas para favelas no Rio de Janeiro e em São Paulo. O que a empresa faz é organizar e sistematizar essa rede para poder atendê-la de forma prática.
Para Renato, em uma realidade com tamanha desigualdade social como o Brasil, o efeito do coronavírus não é democrático - estão mais vulneráveis pessoas de classes mais baixas, que não têm a possibilidade de home office, atendimento médico de qualidade ou mesmo moradias dignas para fazer isolamento social.
"Existe tem um outro lado da sociedade, de pessoas com profissões autônomas como ambulantes e empregadas domésticas, para quem o home office simplesmente não existe. São pessoas que sofrem muito com o processo de crise que vem junto com a pandemia, que precisam escolher entre o prato de comida do dia a dia ou a saúde de suas famílias. Não é essa a cidade do futuro onde eu quero viver", aponta Renato.

O amanhã do entretenimento

No último eixo temático do dia, especialistas discutiram as mudanças que já estão ocorrendo na indústria do entretenimento.
Uma das temáticas abordadas foram os videogames, com a presença de Bertrand Chaverit, diretor da Ubisoft para América Latina; Damien Timperio, CEO da GL Events Brasil e Artur Pereira, Country Manager do WebSummit.
Para Bertrand, os próximos dez anos serão revolucionários para a indústria do videogame no Brasil. "[No período de quarentena,] Aumentou muito o número de pessoas jogando e o tempo que elas passam no videogame. É uma explosão do mercado", relata.
"A meio prazo, a gente sabe que o cenário não é tão positivo: com o fim da crise econômica o videogame é um produto de luxo. Mas, a longo prazo, somos super otimistas com as novas gerações e com as novas possibilidades. Esse momento é bom para pulverizar mais esse tipo de produto na sociedade".

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