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A tecnologia foi referência na Nova Zelândia, ícone de combate ao Coronavírus.

Prevenção

Butantan lança aplicativo que avisa sobre contato com infectado por Covid-19

GazzConecta, com informações de Estadão Conteúdo
23/02/2021 11:19
O Instituto Butantan anunciou, nesta semana, o lançamento do aplicativo Global Health Monitor, que realiza, a partir do celular, um rastreio por monitoramento geográfico de quem entrou em contato com um paciente que testou positivo para a Covid-19. A iniciativa é realizada em parceria com a startup também chamada Global Health Monitor, responsável pelo desenvolvimento do aplicativo.
Para a ferramenta ter utilidade no controle da doença, a população precisa baixar o app e se cadastrar. "Tudo depende do input (alimentação de dados) pelos moradores", afirma Cláudia Ananina, gestora de tecnologia da informação do Butantan. O app é gratuito e está disponível para Android e iOS.
O uso do recurso, conhecido como contact tracing, é indicado pelo Centro de Controle de Doenças e Prevenção (CDC), do departamento de Saúde dos Estados Unidos, para impedir a disseminação da Covid.
A primeira cidade que deve receber o monitoramento é Araraquara (SP). Representantes do Instituto Butantan se reuniram na última semana com o prefeito de Araraquara, Edinho Silva (PT), e integrantes do comitê de contingenciamento da Covid da cidade para discutir essa e outras ações no município.
Araraquara está sob um regime de lockdown total desde domingo (21), com 98% dos leitos de UTI e enfermaria ocupados. Só na última semana, a cidade registrou 24 óbitos referentes à doença.

Rastrear contatos teve sucesso no exterior, segundo especialista

Domingos Alves, professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da USP, lembra que a Nova Zelândia passou a ser referência no controle da Covid usando esse tipo de tecnologia. "Estamos falando de quebrar a cadeia de transmissão, o que no Brasil nunca foi feito."
Ele acredita que Araraquara pode ser o primeiro caso de sucesso no país em reverter a cadeia de transmissão, se houver uso adequado.
Alves observa que a medida precisa estar associada a outras, como alto número de exames. "Para cada teste positivo, o adequado é testar de 10 a 30 pessoas. Os contatos e os contatos dos contatos", afirma. "O que está acontecendo em Araraquara vai acontecer, se nada for feito, em vários municípios do estado de São Paulo", diz ele, em referência ao colapso do sistema de saúde local.
O Brasil tem hoje cerca de cinco milhões de exames encalhados e prevê até doar kits perto da data de validade para o Haiti.

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