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Salários em tech: quanto ganham os principais profissionais da área?

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Salários em tech: quanto ganham os principais profissionais da área?

GazzConecta
22/09/2022 15:28
Em contextos econômicos desafiadores, o desemprego é uma realidade não rara a países em que a escassez de vagas supera o contingente de trabalhadores formais. A área de tecnologia, porém, contraria esse cenário. Segundo uma pesquisa realizada pela Brasscom, entidade que representa as empresas de tecnologia do país, até 2025 é estimada uma lacuna de cerca de 800 mil novas vagas no setor de TI. Ou seja, sobrarão vagas e faltarão profissionais aptos a ocupá-las.
De olho nesse cenário, a Fox Human Capital, consultoria de capital humano focada nos segmentos de Tecnologia, Private Equity & Venture Capital, Infraestrutura & Energia, Indústria & Serviços e Agronegócio lançou um Guia Salarial de Tecnologia, um compilado de informações salariais dos principais cargos de tecnologia da atualidade.
Para o levantamento, a consultoria entrevistou executivos e diretores de de Recursos Humanos em busca de uma média salarial definida pelo mercado, considerando pelo menos 250 salários por posição. A pesquisa considera as remunerações de profissionais em companhias de grande porte e também as pequenas e médias empresas (PMEs) em regime de contratação CLT e PJ.
Veja, abaixo, as faixas salariais dos principais cargos de tecnologia listados pela Fox Capital.

Grandes empresas

CEOs: R$ 60 mil
CTO: R$ 48,5 mil
CIOs:  R$ 50 mil
Diretores de tecnologia:
R$ 36,5 mil
Diretores de engenharia: R$ 32,5 mil
Diretores de infraestrutura: R$ 30 mil
Desenvolvedores sênior: R$ 15,5 mil (full stack); R$ 15.275 (front end); R$ 16,9 mil (back end); R$17,5 mil (mobile); R$ 14,7 mil (mobile)

PMEs

CEOs:  R$ 40 mil
CTO: R$ 34 mil
CIOs:  R$ 34.750
Diretores de tecnologia:
R$ 29.250
Diretores de engenharia:  R$ 27,5 mil
Diretores de infraestrutura: R$ 24,5 mil
Desenvolvedores sênior: R$ 13 mil (full stack). R$ 13 mil (front end); R$ 14,3 mil (back end)
Além dos cargos C-Level e diretoria, o relatório destaca a remuneração média de posições de gerência e liderança, como líderes de produto e designers de produto, ambos de nível sênior. Para a posição de líder de produto, a média salarial é de R$ 19.250 mil em PMEs e R$ 24 mil em grandes empresas. Já os designers costumam ganhar, em média, R$ 11 mil em PMEs e R$ 13 mil em corporações maiores.

Principais tendências do mercado

A pesquisa da Fox Capital também buscou mapear as principais tendências para o mercado de tecnologia brasileiro nos próximos anos. Entre os destaques estão a incorporação da tecnologia 5G em aspectos cotidianos da população, especialmente com a ajuda da internet. O relatório também pontua a ascensão de tecnologias como inteligência artificial (IA), internet das coisas (IoT) e computação na nuvem. “As organizações devem encontrar soluções que multipliquem a força dos recursos de TI para permitir o crescimento e a inovação. É por isso que mais da metade de todos os investimentos em Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) estarão vinculados à transformação digital até 2024”, afirma o documento.
Em relação às áreas mais promissoras e que também devem concentrar um número excessivo de vagas, a Fox Capital destaca cinco: desenvolvimento, infraestrutura e segurança, produtos (PMs, POs, PDs), Devops/SER e análise de dados (analista, arquiteto, engenheiro e cientista). Segundo a pesquisa, os profissionais que tiverem o domínio de diferentes linguagens de programação também serão bastante requisitados, com destaque para ferramentas como JavaScript, Java, Python, TypeScript, C#, Blade, Sass CSS, HCL e Elixir.

Novos desafios

Ainda que caminhe a passos acelerados, o mercado de tecnologia também deve encarar alguns desafios para companhias empregadoras. A Fox Capital destaca, por exemplo, a retenção de talentos em empresas tech. A percepção, segundo o documento, é de que a flexibilização de modelos de trabalho (com destaque para o modelo remoto) e a oferta variada de benefícios corporativos poderão ser usados, cada vez mais, como mecanismo de atração e incentivadores para a permanência de talentos cada vez mais raros no mercado. “A atenção com o pacote de benefícios, atrelada a uma preocupação inata com o plano de carreira e as boas condições de trabalho tendem a tornar a permanência do colaborador ainda mais valiosa para ambos os lados”, afirma William Monteath, sócio-fundador e responsável pelas divisões de Tecnologia e Agronegócio da Fox Human Capital.

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