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A americana Nodle é uma plataforma descentralizada lastreada na tecnologia blockchain com uma rede na qual cada smartphone se torna um ”nó”, criando um ecossistema hiperconectado de aparelhos celulares ao redor do mundo.

Ecossistema hiperconectado de celulares

Com blockchain, startup Nodle transforma celulares em “nós”; entenda a tecnologia

Maria Clara Dias, especial para o GazzConecta
26/06/2023 19:06
O uso intensivo de tecnologia e o tempo em frente às telas de aparelhos celulares são características comuns ao público brasileiro e que despertam o interesse da startup americana Nodle no país. A plataforma descentralizada lastreada na tecnologia blockchain criou uma rede na qual cada smartphone se torna um ”nó”, criando um ecossistema hiperconectado de aparelhos celulares ao redor do mundo.
A tecnologia da Nodle tem como premissa o uso das conexões bluetooth, responsável por identificar a localização de aparelhos conectados à rede. Ao identificar aparelhos próximos via geolocalização, usuários que se conectam ao ecossistema são recompensados com a NODL, token proprietário da Nodle, em uma carteira cripto.
No Brasil desde 2022, a Nodle já tem o país como seu terceiro principal mercado global em número de usuários ativos, atrás apenas dos Estados Unidos e Vietnã. “É um mercado importante pra Noodle e será ainda mais intenso nos próximos meses”, diz Carolina Mello, diretora de marketing da Nodle.
Por aqui, a Nodle transfere seus tokens a partir de uma parceria com a corretora Mercado Bitcoin. Todo o sistema da Nodle tem servido de ponto de partida para que a startup firme parcerias com grandes empresas interessadas em localizar dispositivos de maneira física. Um exemplo está na parceria com a locadora francesa Roole, na qual usuários da Nodle (os chamados Nodes), identificam e localizam veículos furtados ou roubados via monitoramento de tags com a tecnologia bluetooth.
Para as empresas como a Roole, a vantagem está em ter acesso a um relatório detalhado que mapeia a jornada de um item após a venda, avaliando toda a sua vida útil. “Pense em uma fabricante de celulares que deseja entender onde as peças de um aparelho vão parar após anos de uso. São informações úteis para estratégia e até e tecnologia”.
Por outro lado, usuários são recompensados pelos registros feitos, também com os tokens NODL, quando isso for solicitado a eles. Atualmente, a Nodle realiza cerca de 1 milhão de transações por dia e possui mais de 600 mil usuários ativos em todo o mundo.

Da foto para o NFT

Depois de explorar o potencial da tecnologia blockchain, a Nodle agora também mira novas tecnologias baseadas na livre troca de informações em rede. Um novo recurso lançado pela startup permite a criação de Tokens Não Fungíveis verificados, os NFTs, a partir de fotos tiradas com a câmera dos celulares registrados na rede da Nodle.
Baseados em blockchain, os tokens são exclusivos e têm o propósito de autenticar, de maneira digital, qualquer ativo físico. A tecnologia ganhou popularidade a partir da criação e certificação para autenticação de obras de arte e até mesmo experiências imersivas na internet, como moedas de troca para fãs aficionados e membros de comunidades mundo afora.
Atualmente, a Nodle permite a criação e venda de NFTs entre membros da rede e proprietários da carteira digital no aplicativo para usuários Android -- em breve, também disponível para dispositivos iOS.

Os planos da Nodle

Com a ampliação dos sistemas operacionais aceitos pela tecnologia de comercialização dos NFTs, os planos da Nodle incluem a criação de um marketplace no qual tokens poderão ser comercializados livremente, não apenas entre pessoas, mas também entre empresas. Do lado das soluções pensadas para o curto prazo, a Nodle também pretende lançar uma solução dedicada à criação de “missões inteligentes”.
Na prática, isso significa que usuários poderão entrar no aplicativo e criar suas próprias missões dentro da rede, para qualquer finalidade. “Pessoas e empresas poderão criar uma missão, seja para trazer visibilidade a um negócio ou se conectar a novas pessoas. Quando cumpridas, essas missões serão revertidas em moedas NODL, como recompensas desse universo digital”, explica Carolina. “Será como unir o físico e o digital”.