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Consórcio Magalu em Franca, no interior de São Paulo.

GPTW SP

Com estabilidade, Consórcio Magalu é melhor empresa de médio porte para se trabalhar no interior de SP

Filipe Albuquerque, especial para a Gazeta do Povo
09/09/2022 01:00
Clima amistoso, feedback constante da liderança para os com os liderados, clareza no papel que cada um exerce dentro da empresa, o olho no olho, sensação de segurança e a disseminação da ideia de gente que gosta de gente. É assim que o Consórcio Magalu entende que consegue se estabelecer, mais uma vez, no topo do ranking da edição 2022 do GPTW São Paulo, na categoria médias empresas. Esta é a nona vez que a companhia figura entre as melhores empresas para se trabalhar, desde o início da classificação Capital/Região Metropolitana e Interior. Na edição estadual do prêmio, a companhia foi primeiro lugar entre 2015 e 2018, terceiro em 2019, e retornou ao posto mais alto da listagem em 2020 e 2021.
“Nossas práticas são todas voltadas para a gestão de equipe de pessoas”, informa Andresa Ferreira, gerente corporativa de gestão de pessoas do Consórcio Magalu, parte do Grupo Magazine Luiza, que completa 30 anos de atividades em dezembro deste ano. “Clima amistoso, para que as pessoas tenham satisfação. Trabalhamos o campo de confiança: portas abertas, feedback constante da liderança para com o liderado, clareza no papel de cada um, significado no trabalho dele para o nosso resultado, e como capital humano da empresa. O colaborador sabe a participação de cada um para atingir nossos objetivos”, acrescenta.
O Consórcio Magalu nasceu incialmente como Consórcio
Nacional Luiza, dentro do Grupo Luiza, em 1992, em Franca, no interior paulista,
onde permanece até hoje. A companhia disponibiliza cartas de crédito em todas
as mais de mil lojas do Magazine Luiza. Conta com mais de 200 representantes
espalhados pelo território nacional e uma equipe administrativa de quase 200
colaboradores. Atualmente, a empresa conta com 296 funcionários; destes, 206 no
modelo presencial e 90 em esquema híbrido – presencial e home office.

Saúde mental comoalvo

Enfrentar a pandemia foi um desafio sobretudo mental. Encarar
o isolamento social, o receio de contrair uma doença que fez tantas vítimas e
as incertezas quanto ao futuro trouxeram à tona questões emocionais diversas.
Entre todos temas abordados e tratados pelas práticas de disseminação da
cultura interna, a área de RH do Consórcio Magalu percebeu que havia um que
precisava de ainda mais atenção: a saúde mental.  Tema que sempre foi um tabu, seja na família,
nas relações sociais ou no ambiente de trabalho. Para transmitir aos
funcionários uma sensação ainda maior de acolhimento, a empresa colocou em
prática programas de acompanhamento psicológico e terapia holística.
“Fizemos o movimento de retorno às atividades presenciais entre abril e maio deste ano. Não houve resistência ao retorno, mas as pessoas ainda vêm com um receio muito grande. Nossa proposta foi aplicar avaliações constantes para mensurar a necessidade de um acompanhamento mais próximo do colaborador nessas questões. Para a empresa, esse cuidado é algo definitivo, e não deve sair mais da agenda das atividades."
Esse trabalho é desenvolvido a partir de pesquisas
realizadas com os funcionários. Por ainda ser muitas vezes um tabu, nem todo
colaborador se sente à vontade de compartilhar um momento de sofrimento
emocional com um colega ou a liderança. “Com pesquisa, conseguimos identificar
algumas questões pontuais do nosso colaborador e agir na questão”, afirma
Andresa.

‘Galera daDiversidade’

Todo esse trabalho é parte da cultura do Consórcio Magalu
baseada no campo de confiança da equipe, sinaliza a gestora. Cultura que parte
do princípio de que o funcionário precisa confiar na empresa em que trabalha,
no líder e nos colegas que estão com ele no dia a dia.
Parte desse trabalho de disseminação da cultura de confiança
e da gestão de pessoas passa pelo trabalho dos grupos de afinidades. Há cerca
de um ano e meio, a empresa criou a ‘Galera da Diversidade’: quatro núcleos
temáticos que trabalham com as pautas Raça, Mulheres, PCD (Pessoas com Necessidades
Especiais) e LGBTQIAP+. Cada núcleo conta com até seis pessoas, todas
colaboradores da empresa que, de modo voluntário, atuam junto com a área de
gestão de pessoas para promover ações internas. As programações envolvem
celebração de datas dentro de cada um dos assuntos, mais comunicação interna e
ações de conscientização. Em função do Dia Internacional da Mulher,  em março, o grupo ligado ao tema identificou a
possibilidade de atuar junto a comunidades carentes atendendo a uma necessidade
específica. Assim, organizou uma ação de arrecadação de absorventes.  O núcleo de raças já trabalha para elaborar
uma atividade de celebração para o Dia da Consciência Negra, em 20 de novembro.
“Hoje, temos objetivos de contratação dentro desses grupos”,
detalha Andresa. A gerente lembra que o Consórcio Magalu ganhou cinco pontos
percentuais na média final com a resposta à pergunta do questionário GPTW sobre
a sensação de inclusão e respeito que a o colaborador tem na empresa a partir
de seu gênero, raça e orientação sexual. “A partir dessa pergunta, as pessoas
se sentem incluídas”, constata. “Hoje, as pessoas divulgam sua orientação
sexual, coisa que não tínhamos antes. Elas participam essa orientação junto ao
consórcio, porque muitas vezes recorrem à empresa por uma orientação ou suporte
emocional que às vezes não encontram na família. Tivemos um crescimento muito
grande [no tema diversidade] junto com a equipe, algo que foi muito mais um
trabalho da equipe do que da liderança”, afirma.

Estabilidade geraconfiança

Outras ações, como o “Tô de folga”, em que aniversariantes ganham o dia para passar com a família, e práticas culturais bolsa de estudos, capacitação interna, psicoterapia gratuita para toda a equipe, meditação guiada, celebrações em datas festivas e o cheque-mãe - auxílio financeiro concedido às mães de crianças com até 12 anos e pais de filhos com qualquer tipo de deficiência - contribuem, na visão da gerência de pessoas, a sensação de confiança que o colaborador precisa para desempenhar seu papel da melhor forma possível.
“Quando perguntamos qual o motivo pelo qual você trabalha
hoje no consórcio, a resposta principal costuma ser porque oferecemos
desenvolvimento e crescimento”, conta Andresa. “A empresa contar com
estabilidade e sustentabilidade no modelo de negócios dá segurança ao trabalhador.
E o que percebemos é que a equipe sente uma segurança muito grande na nossa
empresa, porque ela sabe que a empresa não demite se não houver um motivo
correto e justo. Em 20 anos de casa, nunca vi um desligamento por crise
econômica no país ou no mundo. Essa segurança é muito importante, e passamos
isso por meio do nosso modelo de gestão. Isso ajuda a não desestabilizar o
colaborador, que já enfrenta tanta instabilidade lá fora”, conclui.