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Os empresários Guilherme Barbosa (à direita), CEO da 3MIND; Yuri Melo (ao centro), CEO da COZI, com Juninho Conceição, CEO da Rede Le Farma.

Guilherme Barbosa e Yuri Melo

Seu negócio não vai dar certo! Como saber se a ideia de negócio é boa antes de dar o pontapé inicial

Papo Raiz*
11/01/2023 17:29
Ver o próprio negócio prosperando ou investir em ideias de negócios lucrativos é um dos maiores sonhos de empreendedores, mas, para que isso aconteça, os investidores precisam adotar alguns passos como criar condições de crescimento empresarial, bem como de investimentos positivos e só então decidir qual o melhor caminho a ser seguido quando o assunto é a sua vida financeira.
Para falar sobre isso e também em que momento vale a pena investir em outras empresas, ter foco ou reinventar o próprio negócio, os empresários Guilherme Barbosa, que é CEO da 3MIND e Yuri Melo, CEO da COZI, trouxeram alguns insights, em um episódio especial do podcast Papo Raiz, que podem ajudar empreendedores ou mesmo aquelas pessoas que pensam em entrar no mundo dos negócios.

Uma empresa pode quebrar mesmo com crescimento acelerado?

Para muitos empresários, o lucro periódico e o crescimento acelerado de uma empresa podem ser sinais de que tudo está indo bem e o saldo da organização segue em uma situação positiva, no entanto, existem outras variáveis que são essenciais para o futuro de um negócio e que, se não forem bem gerenciadas, podem quebrar ou mesmo levar uma empresa à falência.
Segundo Yuri Melo, no caso da saúde financeira de um negócio, existem dois tipos de fluxo de caixa, o positivo e o negativo, que são responsáveis pelo equilíbrio da contabilidade. Ele explica que o fluxo positivo é quando a empresa tem um fluxo de caixa que quanto mais fatura, mais gera de caixa, enquanto o fluxo de caixa negativo é aquele em que a empresa tem que ter um produto, uma estrutura e manter o crescimento dessa estrutura para depois conseguir atender pedidos de clientes e só então faturar com todas as operações.

A falta de inovação pode colocar um negócio em risco?

Para o CEO da COZI, muitas empresas acabam quebrando devido a um dos grandes erros que é os empreendedores não conseguirem reinventar seus negócios em velocidade suficiente com as demandas do mercado. O empresário acredita que a inovação e não se prender aos modelos já existentes, mesmo que estes ainda estejam dando certo, é um dos pontos cruciais para que um negócio possa se consolidar independente do ramo em que atua.
“Uma das falácias que a gente tem no mundo dos negócios é acreditar que aquilo que deu certo até hoje vai continuar dando certo pra frente. E a gente quer continuar coerente e acreditando naquilo que nos trouxe até aqui, mas pensando dessa forma não teríamos nenhuma das startups que conhecemos hoje”, afirmou Yuri Melo.

Até que ponto se deve reinvestir no próprio negócio ou partir para novas ideias?

Para Yuri Melo, reinventar e inovar um negócio sem dinheiro é uma das tarefas mais difíceis que o pequeno empreendedor vai ter que fazer no mundo dos negócios, mas é algo que tem que ser feito, seja para evitar problemas financeiros futuros em uma empresa ou para errar a curto prazo e conseguir resolver esse erro rapidamente. Ele ainda afirma que todo empresário, ainda que ache que não, consegue enxergar qual o cenário em que o próprio negócio se encontra e se inovar ou não em determinado pode ser uma boa tática para manter uma empresa viva ou se é melhor buscar novos horizontes no mundo empresarial.
“No fundo a gente sabe quando o nosso mercado está indo para baixo ou para cima e se você sente que seu mercado está indo para baixo, que está ficando pra trás ou que seu negócio está ficando obsoleto, tenta coisas novas e investe nisso. Agora, só vale a pena investir em outros negócios desde que você encare como um investimento de fato, porque quando você encara como outro trabalho é um problema”, destacou.
Já para Guilherme Barbosa, existe uma linha tênue que separa a teimosia da persistência quando se trata de empreendedores que querem continuar com seus negócios, independente do que os percentuais da gerência e saúde financeira da empresa indicam.
“Os números dizem exatamente como está o seu negócio. Então, se nos últimos seis meses você percebeu que seu número está estático e até descendo um pouco é um alerta para você mudar completamente e até errar rápido em curto prazo para ficar mais barato para a empresa. Os números falam muito sobre uma empresa, só que às vezes a gente não quer enxergar”, disse o empresário.
O CEO da 3MIND ainda ressalta que existem muitas pessoas apegadas ao próprio negócio, que já está quebrando e que não conseguem mudar ou insistem em continuar num mesmo modelo de negócio e, por isso, é preciso considerar essa análise de seis meses, que é um período suficiente para perceber se a empresa está indo bem e mudar alguma coisa caso seja preciso, mesmo que de início não dê certo, porque depois pode ser que não dê tempo e a organização quebre de fato.

O que é preciso para ter inovação empresarial e investir de forma positiva?

Identificar as tendências e possibilidades de mercado é um dos primeiros passos para gerar inovação em uma empresa. Além disso, em um mundo cada vez mais tecnológico, ter maturidade pode ser um dos pontos essenciais na hora de empresários inserirem a inovação em estratégias de investimentos, como afirma o empresário Guilherme Barbosa.
“É muito difícil você estar na dianteira da inovação, porque têm muitos riscos. Eu tenho visto que muitos investidores, muitas empresas e até os fundos fazem isso de maneira muito inteligente, que é investir um valor simbólico só para acompanhar um negócio e com isso se poupa muita grana”, disse.
*Artigo produzido pelo Papo Raiz – uma conversa descontraída e divertida sobre empreendedorismo e assuntos em alta na sociedade.

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