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Para empresas brasileiras, transformação digital depende da força de trabalho

Desafios e oportunidades

Para empresas brasileiras, transformação digital depende da força de trabalho

GazzConecta
19/10/2022 20:30
A adoção acelerada de tecnologias tem impulsionado a transformação digital nas empresas, especialmente após a pandemia. Contudo, o ferramental de última geração não foi o único fator para isso, e corporações reconhecem o protagonismo da força de trabalho nesta inovação. No Brasil, por exemplo, 9 em cada 10 líderes de negócios consideram suas pessoas como seu maior ativo no processo de transformação digital.
É o que indica um estudo da gigante de tecnologia Dell Technologies com mais de 10 mil profissionais de tecnologia e funcionários ligados a projetos corporativos de transformação digital em todo o mundo,  incluindo 400 profissionais no Brasil. O objetivo da análise era ouvir tomadores de decisões em tecnologia e negócios a fim de compreender como empresas e funcionários estão lidando com a transformação digital, além de identificar os principais desafios e oportunidades.

Quais são os desafios da transformação digital

De acordo com a pesquisa, o cenário forçou empresas a adaptarem “na marra” seus modus operandi, acelerando uma possível fadiga ao termo transformação digital em si. Restam, portanto, desafios em relação à aceitação e adaptação de funcionários e políticas corporativas para lidar com novos padrões que possam dar continuidade à essa jornada de transformação.
Trata-se de uma mudança que exigiu das companhias mais flexibilidade do que o usual. Empresas sem políticas estabelecidas para o trabalho híbrido tiveram de acelerar o passo para adaptar sistemas e cultura empresarial para dar lugar aos modelos de trabalho a distância, com destaque para segurança digital e agilidade.
Como destaque, o estudo chama a atenção para a necessidade de uma jornada contínua de inovação em setores como varejo, manufatura, saúde, serviços e transportes.
De acordo com o estudo, depois desse intenso processo de transformação, muitos funcionários agora enfrentam o desafio de acompanhar o ritmo, trazendo um desafio para as organizações em nutrir uma cultura de inovação. Nesse cenário, as fronteiras entre vida pessoal e trabalho ficam cada vez mais borradas, sendo também um desafio para empresas que precisam lidar com a exaustão de funcionários em virtude da necessidade de disponibilidade a todo tempo.
De acordo com o estudo, três em cada dez profissionais brasileiros acreditam que suas equipes estão lutando contra o esgotamento e problemas de saúde mental, o que impacta diretamente nos resultados de projetos — cerca de 63%  dos respondentes afirmam que o fracasso de seus programas de transformação digital se deve às suas equipes.
"Embora as empresas não possam se transformar sem a tecnologia certa, essa tecnologia ainda precisa ser gerenciada por pessoas e, mais importante, elas precisam ser trazidas para a jornada. O estudo Breakthrough mostra a importância crítica de valorizar as pessoas ao executar planos de modernização e garantir que elas se sintam capacitadas e apoiadas para tentar, falhar e aprender, a fim de mover-se ao que chamamos de inovação”, diz Diego Puerta, Presidente da Dell Technologies no Brasil.

Principais oportunidades

Para lidar com os efeitos emocionais causados por esse processo acelerado de transformação nos últimos anos, a Dell chama a atenção para a necessidade de engajar a força de trabalho, garantindo um ambiente próspero para tentativas e erros. É preciso, segundo a companhia, tempo para recarregar e refletir, numa curadoria densa antes de embarcar em novos projetos.
Para que sejam capazes de avançar em suas jornadas de transformação digital ao mesmo tempo em que engajam funcionários por trás do gerenciamento dessas tecnologias, o estudo indica três principais caminhos. São eles: Conectividade, Produtividade e Empatia.
Em relação à conectividade, mais de três quartos (76,3%) dos participantes brasileiros disseram que precisam que suas organizações forneçam a infraestrutura e as ferramentas necessárias para poder trabalhar em qualquer lugar.
Do lado da produtividade, cabe às empresas limiar tarefas repetitivas e estimular o aprendizado de novas técnicas voltadas à inovação e da valorização da mão de obra tecnológica — hoje rara ao mercado. Segundo a pesquisa, 77,3% dos profissionais brasileiros gostariam de aprender novas tecnologias e habilidades como liderança e Machine Learning.
Em uma última frente, o relatório aponta para a necessidade da criação de um ambiente sustentável para funcionários em geral como meio para manter o engajamento com a transformação digital. Para 48,8% dos respondentes, há certa apreensão sobre a adoção de tecnologias complexas, o que poderia motivar a busca por lideranças empáticas e organizações capazes de adaptar programas de acordo com as habilidades profissionais do time.
Além disso, 85% dos respondentes afirmaram desejar que suas empresas tomassem medidas em três frentes:
  • Definir claramente o compromisso contínuo da organização com acordos de trabalho flexível e as questões práticas para fazer com que isso funcione;
  • Capacitar líderes para gerenciar equipes remotas de maneira eficiente e igualitária;
  • Habilitar funcionários para escolher seu padrão de trabalho de preferência e fornecer as ferramentas/infraestrutura necessárias.

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