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Maior evento de varejo do mundo

6 principais tendências para o varejo apontadas na NRF 2023

GazzConecta
27/01/2023 13:42
A segunda quinzena de janeiro foi movimentada pelo principal evento de varejo do mundo, o NFR 2023 Retail’s Big Show. O evento ocorrido entre 15 e 17 de janeiro em Nova York reuniu os principais players do varejo no mundo, apresentando tendências relacionadas à indústria, comportamento do consumidor, ESG, marketing, internet das coisas, entre outras inovações que envolvem o setor.
De acordo com o CEO do Market4u, Eduardo Córdova, muitos assuntos relevantes foram tratados durante os três dias de evento, porém o destaque foi para temas ligados à inteligência artificial, internet das coisas e experiência do cliente. “É um evento incrível que gera muito conhecimento acerca das principais inovações do varejo mundial. A tecnologia e a evolução nos trazem muitas soluções, mas existe muito o que aprender com o antigo, que não deve ser esquecido. Questões como facilidade para comprar, variedade de produtos para escolha, tratar o cliente como único, personalizar o atendimento e a jornada de compra, são  critérios ‘antigos’ mas que também moldam as tecnologias do futuro”, explica.
Eduardo Córdova, CEO da Market4u, no NRF 2023. Foto: Arquivo Pessoal
Eduardo Córdova, CEO da Market4u, no NRF 2023. Foto: Arquivo Pessoal
Eduardo conta que durante os principais painéis algumas tendências foram apontadas como sendo as principais no setor para os próximos anos, como o consumo de experiências que gerem bem estar, a retomada do turismo internacional, lojas com autoatendimento que estimulem a interação com o consumidor no espaço físico e no digital, práticas sustentáveis, metaverso e experiência do cliente.
“É perceptível o quanto o customer centric norteia as palestras e tendências, mesmo com toda a tecnologia apresentada, o grande objetivo é sempre o mesmo: se conectar e atender da melhor maneira os clientes”.
Para explicar sobre as principais tendências para o varejo apresentadas no evento, Eduardo lista algumas principais:

ESG e sustentabilidade 

Se antes as empresas apenas planejavam, este ano foram apresentados resultados e práticas claras de ESG. “As práticas ESG certamente são uma das maiores tendências no varejo, uma vez que o consumidor está cada vez mais preocupado com a sustentabilidade e comprando de empresas que tenham essa visão muito clara em seus negócios. A Geração Z e Alpha inspiram esse movimento uma vez que trazem consigo um olhar que prioriza o tema”.

Mais sobre pessoas, menos sobre tecnologia

Num cenário econômico mais complexo, a tecnologia é vista como a principal aliada na construção das relações entre empresas e consumidores. “A mudança nos hábitos de consumo é grande e dados nos mostram que o número de idas às compras aumentou, assim como a quantidade de dias da semana em que as pessoas vão ao mercado. Desta maneira, o mesmo cliente que vai presencialmente à loja também é o que realiza o pedido via aplicativo. Fica claro aqui que não é sobre o perfil de cliente, mas sim sobre o momento de consumo, sendo assim é importante que as lojas reúnam em seus negócios vários canais”.

Mídia e varejo

Os investimentos em marketing não devem acontecer somente no digital, as lojas físicas se mostram um excelente ponto de divulgação. “Por meio do contato presencial, é possível oferecer experiências únicas para os clientes, com campanhas e ações de marketing personalizadas para os pontos de venda. Já as redes sociais e os canais digitais tem um grande potencial de aproximar os consumidores das marcas. Unir essas duas estratégias é a melhor opção sempre”.

Mercado de luxo em transformação

O CEO da LVMH nos EUA, Anish Melwani, trouxe o entendimento sobre o potencial das marcas de luxo em manter seus clientes ativos, mesmo em períodos de crise econômica, pois, segundo ele, o luxo passou a ser identidade.
“As lojas de luxo não competem por quantidade e sim por qualidade e autenticidade, por isso o seu público é fiel, mesmo em tempos de crise. Hoje a estratégia de promoções deste segmento tem uma variação menor de preços, em ‘U’, evitando o que era feito no passado, em ‘V’, com grandes baixas de preços e um retorno rápido ao valor original. Com isso, a manutenção do público é de longo prazo”.

Conforto do lar

Outra tendência apresentada foi a experiência migrada para o lar. “É perceptível e faz parte da vida da maioria das pessoas hoje em dia, a vontade de estar no conforto do lar para fazer coisas que antigamente se fazia na rua como assistir um filme e realizar eventos. Essa visão do consumidor deve fazer parte da estratégia do varejo, pois cada vez mais é preciso entender o que as pessoas querem e estar onde elas estão”.

Costumer centric

O consumidor no centro das atenções segue como uma das maiores tendências no varejo, uma vez que o poder de decisão sobre o que comprar e onde está cada vez mais na mão de quem compra e menos em quem vende. “Aqui a agilidade também ganha status e deve ser parte fundamental das estratégias. Compras sem contato físico como forma de agilizar o atendimento e lojas no formato ‘One Stop Shop’ (onde o cliente encontra tudo que precisa em um só lugar) também devem ser o foco”.

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