
Com a chave do imóvel nas mãos, os proprietários têm mais uma etapa importante pela frente antes de se instalar no novo lar. É preciso mobiliar ou reformar (no caso dos usados) o imóvel para deixá-lo pronto para ser habitado. O custo desta preparação pode ser muito alto – depende da sofisticação esperada pelos proprietários. Seja qual for a ambição do projeto, este investimento precisa ser levado em conta no planejamento.
A arquiteta Alessandra Monteiro, que tem experiência em reformas e adaptação de casas e apartamentos, recomenda uma reflexão: “É importante se perguntar qual a perspectiva para a vida naquele local. Será por poucos anos ou será longa? Se a intenção é ficar definitivamente ali, vale a pena investir em materiais melhores, armários e louças de boa qualidade”.
Ela relaciona algumas dicas para ajudar quem se vê diante de um imóvel vazio:
• Quando estiver se decidindo por um apartamento, confira no memorial descritivo como ele será entregue. Esta informação é o ponto de partida para fazer o orçamento das despesas que serão necessárias para tornar o imóvel habitável.
• Cheque os seguintes itens: sistema de aquecimento de água, pisos, box, tampo de granito para as pias da cozinha e dos banheiros, penduradores de toalhas nos banheiros, chuveiros, luminárias, assento para bacia sanitária.
• Se algum dos itens acima não estiver instalado no imóvel no momento da entrega das chaves, coloque-os no seu orçamento. Eles são básicos para tornar o imóvel habitável.
• Geralmente as maçanetas e fechaduras que equipam o imóvel novo são de modelos mais simples. Avalie se irá substituí-las antes da mudança. Não esqueça de trocar o segredo das fechaduras! Neste caso, basta mudar o miolo.
• A colocação de armários representa a maior despesa que se tem ao equipar um imóvel novo. Para um apartamento de três quartos, a marcenaria pode custar até 20% do valor do imóvel. Por isso nem sempre os novos proprietários podem fazer o investimento imediatamente. Para esses casos, a arquiteta Alessandra Monteiro sugere a instalação de prateleiras de MDF na cozinha e de araras (cabideiros) nos quartos. Com eles, é possível manter a casa organizada enquanto não chega a hora de encomendar os móveis definitivos.
• O investimento em iluminação, em decoração e na marcenaria pode ser feito aos poucos. Também podem ser providenciados, pouco a pouco, depois da mudança: ar condicionado, vidros para fechar a varanda, cortinas e alguns móveis mais decorativos.
• Imóveis usados geralmente exigem reforma, mas mesmo assim costumam ser uma opção mais econômica. “Para o arquiteto, é um desafio maravilhoso porque ele vê no imóvel usado muitas possibilidades que podem ser exploradas”, diz Alessandra Monteiro.
• O quadro de luz dos imóveis mais antigos era feito para poucos eletrodomésticos. Se for o caso, é melhor trocá-lo logo, já que a maioria das pessoas têm hoje grande quantidade de objetos eletrônicos em uso no dia a dia. Se o quadro em si for muito feio, procure algum recurso decorativo para cobrí-lo.
