Votorantim é uma das  maiores empresas  do setor no mundo, com capacidade produtiva de cimento de 54,5 milhões  de toneladas por ano. | Divulgação
Votorantim é uma das maiores empresas do setor no mundo, com capacidade produtiva de cimento de 54,5 milhões de toneladas por ano.| Foto: Divulgação

Para inovar, nunca é tarde demais. Mesmo sendo líder do setor no Brasil e com 83 anos de fundação, a Votorantim Cimentos realizou a maior reestruturação de sua história ao oferecer produtos sob a ótica do consumidor – a novidade rendeu para a empresa o Top de Marketing 2016 na categoria indústria.

“O cimento passa agora a ser comercializado por tipo de obra e aplicação e as embalagens destacam a função do produto, e trazem dicas de aplicação e detalhes de tempo de secagem, resistência e traço. A sacaria também ficou mais intuitiva e informativa. Esta é a inovação mais significativa no portfólio da empresa nos seus 83 anos de história, e acreditamos que seja um primeiro passo para ‘descomoditizar’o cimento”,frisa Alexandre Barreto Bruno, Gerente Comercial – Segmento Varejo, Regional Sul da Votorantim Cimentos.

A solução aparece também como uma oportunidade de aumento das vendas no varejo, já que de janeiro a maio o segmento no Brasil acumulou queda de 13,9% em relação ao ano anterior, de acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC). A perspectiva é da continuidade da recessão. O SNIC espera uma retração no consumo de cimento entre 12% e 15% até o final do ano. O aumento dos custos de produção (energia elétrica, cambio, etc) e o alto endividamento das empresas (proveniente dos investimentos realizados nos anos anteriores) tornam o cenário mais preocupante. Por outro lado, as ações recentes da Votorantim fizeram com que a participação nas vendas de cimentos especiais triplicasse.

Equipe multidisciplinar

Para chegar ao novo posicionamento a Votorantim Cimentos promoveu uma pesquisa, que envolveu mais de 400 profissionais da construção (profissionais de obra, varejistas, balconistas, construtoras, consumidores, associações, entre outros) e teve como objetivo entender os desafios, as dificuldades, as necessidades e as percepções sobre o processo de construção, onde o cimento é um dos protagonistas.

O levantamento trouxe sinalizações importantes como a dificuldade de toda a cadeia em entender as normas técnicas e a diferença do uso entre os cimentos; dos varejistas e pedreiros em recomendar o cimento mais adequado para cada tipo de obra, e do consumidor em decidir qual produto levar, que acaba ficando sempre na recomendação do balconista da loja. “Percebemos que os profissionais da construção identificam os produtos pela sua necessidade de aplicação, mas a indústria os classifica a partir das normas técnicas”, complementa Bruno.

A partir destas constatações, um grupo multidisciplinar trabalhou por mais de um ano para chegar ao novo conceito, que oferece produtos para cada tipo de obra: obras estruturais (destinado para fundações, pilares, vigas e estruturas); todas as obras (cimento mais versátil e adequado para rebocos, contrapisos e lajes); obras básicas (com foco em reparos e reformas sem função estrutural); obras especiais (direcionado para uso industrial como pavers, pré-moldados e artefatos); e obras especiais em meios agressivos (desenvolvido para regiões litorâneas, tubulações e estações de tratamento de esgoto). “O projeto muda a forma de comprar cimento no Brasil. Hoje, quando o consumidor chega ao balcão da loja, a pergunta passa a ser: o que você está construindo hoje?”, acredita Bruno.