Íris Menine Ribeiro, da OK Assessoria Contábil: “Hoje emitimos tudo on line”. | Divulgação
Íris Menine Ribeiro, da OK Assessoria Contábil: “Hoje emitimos tudo on line”.| Foto: Divulgação

A revolução tecnológica trouxe uma série de desafios para quem está no mercado de trabalho. Por outro lado, não dá para negar que as coisas estão muito mais simples do que há algumas décadas: basta dar alguns comandos, apertar alguns botões e as coisas se resolvem a partir da tela do computador. Das questões burocráticas envolvendo as empresas e os órgãos públicos até a forma de abastecer o almoxarifado da empresa, tudo é feito a partir da telinha.

A contadora Íris Menine Ribeiro, da OK Assessoria Contábil, lembra como era a rotina no escritório antes das novidades tecnológicas. Preenchimento de livros-caixa, contas de substituição tributária que ocupavam várias folhas e cálculos que precisavam se adequar a cada mudança de alíquota ou criação de novos tributos exigiam muita concentração e domínio das técnicas matemáticas, relembra. “Era um trabalho manual enorme. Existiam inúmeras guias que eram preenchidas na máquina de datilografia, em várias vias e com papel carbono. E cada tributo exigia uma guia diferente. Hoje emitimos tudo on line”, relata. 

Íris lembra que a lista de compra de materiais de escritório, nessa época, era bem diversificada e predominavam os pedidos por livro-caixa, as guias de tributos públicos diversos (GIA, GRPR, INSS, etc.), papel sulfite e bobina para calculadora. “Eu ligava para a Contabilista e pedia tudo o que precisava por telefone”, comenta referindo-se a uma das primeiras empresas de Curitiba a oferecer o serviço de teleatendimento. 

Tendências de mercado 

O diretor da Contabilista, Valdomiro Altrão, conta que a proposta inicial da empresa, quando foi fundada em 1983, na Travessa Itararé, no Centro de Curitiba, era justamente atender a esse público – os escritórios de contabilidade da cidade. O objetivo, segundo ele, era concentrar em um mesmo local, todos os produtos que os escritórios e pequenas e médias empresas pudessem precisar para não ter que buscar em outros lugares. 

Ao perceber as mudanças no comportamento do mercado com o ingresso das novas tecnologias, a Altrão fala que percebeu aí um importante nicho de mercado e passou a oferecer aos seus clientes – que também se diversificaram –, além da linha de papelaria e escritório, suprimentos de informática e equipamentos. “A empresa está viva porque acreditou e aceitou as mudanças. Aqueles que não acreditaram, ficaram para trás”, destaca Altrão. Hoje, empresas dos mais diversos segmentos fazem parte da lista de clientes fixos da Contabilista, das áreas de saúde, educação, indústria e telecomunicações, só para citar alguns exemplos. 

Facilidades 

O engenheiro de produção Rafael Suzin Menengolla, do setor de Compras de Indiretos do Grupo Boticário, utiliza com frequência o portal de compras da Contabilista para adquirir materiais administrativos e de expediente para a empresa. Ele destaca o sistema da empresa, por facilitar o gerenciamento. “Esse é um grande diferencial. A tecnologia é um ponto chave”, comenta. 

Menengolla explica que, internamente, o consumo de diversos tipos de materiais foi diminuindo ao longo do tempo, inclusive em função dos programas de sustentabilidade do Boticário, que visam a conscientização dos colaboradores para o uso dos recursos naturais e para o reaproveitamento de tudo o que pode ser reutilizado. É o caso do programa de logística reversa de pilhas, em parceria com a Contabilista. O Grupo Boticário faz a coleta das pilhas que não podem ser reaproveitadas, encaminha para parceira, que se responsabiliza de fazer a interface com o fabricante. 

Boticário faz um trabalho de conscientização dos colaboradores para o uso dos recursos naturais e reaproveitamento de tudo o que pode ser reutilizadoDivulgação

Da estrada para o ar 

Na Esteio Engenharia e Aerolevantamentos, que atua com aerocartografia e serviços de engenharia há 50 anos, as novidades tecnológicas também causaram grandes mudanças no segmento e impulsionaram a empresa a se adaptar gradualmente às novidades. O consultor administrativo Mario Sato relata que os primeiros trabalhos eram focados em projetos de engenharia rodoviária para órgãos públicos, o que significava um grande consumo de materiais de escritório para a produção dos projetos, que naquela época eram feitos de forma manual. 

Entretanto, para acompanhar às necessidades do mercado, a Esteio passou a oferecer outro produto: a aerofotogrametria, que é a cobertura fotográfica aérea para mapear territórios. “A Esteio mudou radicalmente seu foco de trabalho a partir de 1978”, afirma. 

Dessa forma, a principal matéria-prima utilizada pela empresa passou a ser os filmes fotográficos. Sato lembra que, inicialmente, usavam câmeras Zeiss analógicas e filmes da Kodak que precisavam ser importados em grandes lotes. Hoje tudo foi substituído pelas câmeras digitais e nem mesmo o material de revelação, que precisavam comprar com frequência, é mais necessário. “Tudo foi evoluindo. Os filmes aéreos acabaram, migramos para o digital. A tecnologia é inevitável”, avalia o consultor. 

Tecnologia “dentro de casa” 

Hoje, a Contabilista conta com mais de 8 mil produtos em seu portfólio, que inclui ainda itens de copa, higiene e limpeza, demanda recente incorporada em função da demanda do mercado corporativo. “É importante estar atento para saber quais são os itens de primeira necessidade dentro de um escritório ou uma empresa”, explica o diretor Valdomiro Altrão, que hoje gerencia quatro lojas localizadas em Curitiba e Joinville (SC), um centro de distribuição de 6,5 mil metros quadrados que atende todo o Brasil, além de canais de compra por telefone, e-commerce e um portal criado exclusivamente para atender clientes corporativos espalhados por todo país.

Diretor da Contabilista, Valdomiro Altrão: “A empresa está viva porque acreditou e aceitou as mudanças”.Danielle BlaskieviczGazeta do Povo