As jogadoras do Curitiba SilverHawks, time de futebol americano de Curitiba.
As jogadoras do Curitiba SilverHawks, time de futebol americano de Curitiba.| Foto: May Abreu/Divulgação

Nas linhas que delimitam as jardas, muito diferentes daquelas encontradas no futebol de campo jogado popularmente no Brasil, está uma galera que só cresce em Curitiba. Com ombreiras e um capacete que protege a face dos movimentos mais violentos, as meninas do Curitiba SilverHawks difundem o futebol americano na capital paranaense há quase uma década.

O nome, apesar de inglês, tem significado bem curitibano. SilverHawks, que em tradução para o português significa “águia prateada”, simboliza o ônibus ligeirinho Inter 2. “Nós quisemos levar e homenagear a cidade. Muitas meninas pegavam esta linha para chegar ao Parque Barigüi, onde os treinos eram realizados. Foi aí que surgiu a ideia para dar nome ao time”, conta a atual presidente da equipe, Marina Holdschip, de 38 anos.

Com dezenas de mulheres no elenco, elas saíram de um dos parques mais conhecidos da cidade e voaram para cidades do Mato Grosso e também do Rio de Janeiro. O time, formado em 2015, desvencilhou-se de uma equipe masculina para trilhar o próprio caminho. Com isso, elas se tornaram Curitiba SilverHawks, receberam apoio de diversas equipes e se transformaram em verdadeiras vencedoras.

Marina Holdschip é quem está à frente do Curitiba Silver Hawks. | Foto: Arquivo pessoal
Marina Holdschip é quem está à frente do Curitiba Silver Hawks. | Foto: Arquivo pessoal

Marina explica que atualmente o elenco gira em torno de 60 atletas. Elas ganharam a edição do Paranaense em 2018 e 2019, assim como a edição do nacional de 2019. Segundo ela, com o cenário melhorando após a redução nos casos de Covid-19, a intenção do grupo é retomar os campeonatos.

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As diversas tribos que presenteiam Curitiba em seus 329 anos.

Mas não é só nos solos brasileiros que a capital paranaense está representada. Com a bola oval, atletas que saíram daqui estão ganhando o mundo. É o caso de Ester Alencar que se tornou atleta da Seleção Brasileira na modalidade Flag Football, viajando o mundo representando a cidade, o estado e o país.

Com mulheres das mais diversas profissões, estaturas, idades e formações, o time revela que a modalidade já está no coração de quem vive em Curitiba. “Em 2019 nós tivemos um público bem expressivo na cidade, em todos os nossos jogos”, relata Marina. Segundo ela, há uma quebra constante no número de recordes de torcedores nos jogos e a tendência tem sido esse número crescer a cada evento. “Muitos se admiram ao saber que Curitiba tem times de futebol americano e, principalmente, times femininos”, observa.