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A obesidade é um assunto que vem chamando a atenção das autoridades sanitárias no mundo todo, preocupadas principalmente com o problema envolvendo as crianças. Um estudo publicado no final de 2017 na revista científica The Lancet, uma das mais prestigiadas publicações da área científica, aponta um grande crescimento da obesidade infantil em praticamente todos os continentes. Grande parte das escolas, conscientes desse quadro, têm orientado os alunos e as famílias para dar prioridade aos alimentos naturais e saudáveis, além de mudar a configuração dos produtos ofertados nas cantinas.

De acordo com a pesquisa, intitulada Tendências mundiais de índice de massa corporal, baixo peso, sobrepeso e obesidade de 1975 a 2016, a obesidade global infantil entre as meninas passou de 0,7% para 5,6% num período de quatro décadas. Entre os meninos, a situação é ainda mais grave: passou de 0,9% para 7,8%.

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Para a nutricionista infantil Veridiane Sirota, além de ser responsabilidade dos pais de cuidar da alimentação de seus filhos, há várias formas que as escolas podem colaborar para uma alimentação saudável. Segundo ela, é possível incentivar o desenvolvimento de hábitos alimentares saudáveis com ações de educação alimentar e nutricional como estímulo à produção de hortas e oficinas culinárias.

“Outra dica eficiente é restringir o comércio de alimentos dentro dos colégios. E na hora de preparar, evitar altos teores de gordura saturada, gorduras trans, açúcar e sal”, orienta a nutricionista.

É dessa forma que algumas escolas estão agindo para uma alimentação mais balanceada para seus alunos. Segundo a orientadora de aprendizagem do Colégio Medianeira, Katia Luciana Sampaio, todo o cardápio é criado por uma nutricionista. “Para alunos da Educação Integral, a nutricionista cria um cardápio para e apresenta para a equipe pedagógica, que avalia”, explica Katia. Já os estudantes que frequentam apenas meio período, são as famílias que enviam o lanche, mas a escola repassa uma série de diretrizes do que é interessante enviar e o que não é recomendado.

Katia fala que a escola não costuma proibir nenhum alimento, mas orienta aos pais para evitarem que seus filhos tragam lanches que não fazem parte de uma alimentação saudável, pois eles possuem um trabalho focado na alimentação das crianças. “O colégio tem laboratórios em que os alunos vão para a horta, plantam, colhem alguns alimentos e criam receitas como sopas e sanduíches”, conta.

A criança lida com determinada situação da mesma forma como os responsáveis, sejam eles os pais ou a escola, e para que todos lidem de uma forma calma é preciso que procurem informações e conhecimento com profissionais especializados neste tipo de atendimento para que a criança não possa viver normalmente sem se sentir prejudicada ou punida por sua condição.