Vice- Governador do Paraná e filiado ao LIDE pela Fecomércio.
Vice- Governador do Paraná e filiado ao LIDE pela Fecomércio.| Foto:

Empresário e representante da livre iniciativa no Governo do Estado, o vice-governador, Darci Piana, está a frente do Comitê de Retomada Econômica Pós Covid-19 , e neste momento onde toda a classe empresarial está focada na resgate da economia, ele fala sobre as iniciativas do Governo e as políticas voltadas para o meio empresarial.

O vice-governador, Darci Piana, é o coordenador do Conselho Empresarial e de Infraestrutura do Paraná, criado pelo Governo do Estado para unir a iniciativa privada em estratégias para o desenvolvimento e geração de riquezas e ampliação do bem-estar da população. Com o advento da pandemia do Covid-19, Piana, tem um papel fundamental de ser o elo de ligação entre os empresários e o poder público.

Filiado ao LIDE Paraná pela Fecomércio, é um dos grande incentivador da nova gestão da entidade. Piana é um dos grandes entusiastas da valorização da marca paranaense, e é convidado para falar sobre o novo programa do Governo do Estado, o "Feito Aqui", que tem total sinergia com o objetivo desta coluna, valorizar as empresas e empreendedores paranaenses que levam o nome do nosso estado para o Brasil e para o Mundo.

Heloisa Garrett: Neste mês de setembro o Governo do Estado lançou o "Programa Feito Aqui" qual a estratégia desta iniciativa?

Darci Piana: O objetivo é dar mais visibilidade para a produção estadual e potencializar o consumo de bens e serviços de produtos genuinamente paranaenses. Para isso, a estratégia utilizada foi a união de governo estadual, setor produtivo, prefeituras municipais para mapear e divulgar as potencialidades regionais, incentivando o consumo de nossos produtos.

Heloisa Garrett: No "Programa Feito Aqui" há um plano de desenvolvimento das vocações regionais do Paraná?

Darci Piana: Exatamente. A ideia é, por exemplo, na Região Metropolitana de Curitiba, especificamente em Campo Largo e região, fomentar o comércio e valorizar a produção de louças e porcelanas. Do mesmo modo que em Ponta Grossa, Pato Branco e Maringá, temos polos de empresas de tecnologia da informação. No Sudoeste do Paraná, concentram-se inúmeras empresas de confecções, madeira, móveis e alumínio. Em Paranavaí, há um grupo de produtores e mandioca e seus derivados; Apucarana, temos o maior número de bonés feitos no Brasil. Isso sem falar nas potências que são e na potencialidade que ainda têm nossas cooperativas agropecuárias, como a Coamo, C. Vale, Lar, Cocamar, Copacol, entre outras.

Heloisa Garrett: Um dos grandes problemas dos empresários neste período da Pandemia foi o acesso a crédito. Há um plano para aumentar a oferta de recursos para pequenos e médias empresas manter suas operações?

Darci Piana: Foram disponibilizas linhas especiais de crédito, para os diversos tamanhos de empresas, pelo BRDE e pela Fomento Paraná. Só para se ter uma rápida ideia, apenas a Fomento Paraná liberou até o último dia de setembro quase R$ 220 milhões em financiamento, com em torno de 30 mil empresas contempladas. Foram recebidas quase 60 mil solicitações até o momento. Muitas estão em processo de liberação. Estamos tentando atender ao maior número possível de demandas.

Heloisa Garrett: O LIDE tem debatido os gargalos logísticos do Paraná como um entrave para o desenvolvimento. Recentemente o Governo do Estado anunciou um grande pacote para transformar o Paraná em um grande centro logístico da América Latina. Como será a execução deste plano?

Darci Piana: O governo do Paraná, tendo à frente um dos homens públicos de maior visão e ação do País, o jovem governador Carlos Massa Ratinho Junior, tem feito um trabalho extraordinário para capacitar o estado exatamente como eixo logístico da América Latina.

O governo lançou há questão de duas semanas o “Paraná em obras”, um conjunto de investimentos em infraestrutura que somam R$ 4 bilhões de investimentos. São obras em infraestrutura rodoviária, modernização de estradas rurais, entre outras obras. Por exemplo: duplicação da PR-137, de Maringá a Iguaraçu; restauração em concreto, chamado Whitetopping, na PR-280, na minha cidade de Palmas, até o entrocamento com a BR-153; duplicação da BRR-277 em vários trechos; e ainda na BR-277, no Trevo Cataratas, com a construção de terceiras faixas entre Cascavel e Guarapuava.

Heloisa Garrett: O LIDE vai desenvolver um grande programa de formação de fornecedores com o objetivo de garantir qualificação e manutenção de postos de trabalho. Há alguma iniciativa do Governo neste sentido?

Darci Piana: Por sorte, vivemos no Paraná um momento em que o governo e a iniciativa privada caminham juntos, somando esforços. O G7, grupo das entidades do setor produtivo (Fecomércio, FIEP, FAEP, Ocepar, Fetranspar, FACIAP e ACP) tem dado uma enorme contribuição. E as entidades de qualificação profissional ligadas às entidades-mãe do G7 estão fazendo um esforço demasiado neste momento de pandemia para formar mais e melhor. Então, Senac, Senai, Senar, Sescoop e Sest têm feito um trabalho extraordinário para a formação técnica neste momento difícil para todos nós. E o trabalho que o LIDE vai desenvolver vem se somar a isso, não tenha dúvida, o que fará com que o Paraná consiga se estruturar para a retomada.

Heloisa Garrett: O Paraná é hoje a quinta maior economia do país. Na sua opinião, quais as principais vantagens competitivas do nosso estado no mercado nacional e internacional? E como potencializar esses pontos fortes para acelerarmos nosso desenvolvimento?

Darci Piana: O Paraná é uma locomotiva no agronegócio, o que vem ajudando a deixar nosso estado em uma situação um pouco melhor que os demais estados brasileiros. Como o governador sempre faz questão de ressaltar, o Paraná tem grande vocação na produção de alimentos. E isso faz com que consigamos nos desenvolver, apesar dos pesares. O Paraná deve fechar a safra de grãos deste ano com quase 41 milhões de toneladas colhidas, o que é praticamente 15 % superior à última colheita.

A soja paranaense alimenta o mundo. São 20,6 milhões de toneladas de soja colhidas nesta safra no Paraná. Desse modo, não há dúvida que temos, como governo, de dar as condições necessárias de nossos produtores trabalharem e poderem escoar, com uma infraestrutura adequada, toda essa enorme capacidade que temos. É nesse ponto que o governo tem concentrado esforços.

Heloisa Garrett: Que mensagem gostaria de deixar aos empresários paranaenses?

Darci Piana: A mensagem que gostaria de deixar é que o Paraná é estado de gente que trabalha. Com todas as dificuldades vividas neste 2020, que devem certamente ainda perdurar por um bom tempo, tenho certeza de que superaremos este momento difícil de nossas vidas, com a força de trabalho de todos os paranaense.

O governo do Paraná está trabalhando incansavelmente para mitigar as consequências nefastas dessa crise e propiciar o crescimento das empresas e da geração de emprego e renda aos paranaenses.