Um estudo recente do World Resources Institute (WRI) estabeleceu parâmetros para uma pesquisa de satisfação abrangente sobre a qualidade do transporte coletivo. Ao todo, a sondagem engloba 16 parâmetros que compõem a percepção dos passageiros sobre um sistema de transporte: acesso, custo, disponibilidade, rapidez, confiabilidade, integração, conforto, atendimento, informação, segurança e meios de pagamento aparecem nesta discussão.
A ideia por trás desta iniciativa é entender o que, de fato, deseja um passageiro do transporte coletivo. Na discussão trazida no novo episódio do Metrocast, busca-se entender os motivos que levam o segmento, embora seja considerado pela Constituição Federal como um direito social, a receber menos atenção por parte dos gestores: “um governador precisa investir em vários setores: saúde, segurança e educação. O problema é que o transporte coletivo sempre foi o patinho feio”, afirma o empresário de transporte das empresas Leblon e Nobel, Haroldo Isaak.
De acordo com Isaak, um dos motivos era o fato de que o financiamento do segmento recaía quase exclusivamente sobre os passageiros, inclusive para bancar gratuidades. As cobranças de passageiros e dos próprios operadores e a necessidade cada vez maior de sistemas de transporte coletivos funcionais em metrópoles, porém, mudam a percepção sobre a disponibilidade de recursos para o setor, especialmente para investir em obras de priorização.
Benefícios para todos: do passageiro à sociedade
A melhoria do transporte requer investimento e coragem por parte dos gestores públicos. “Eu tenho certeza que quem tiver essa coragem vai receber esses benefícios, seja na melhoria da fluidez do trânsito, politicamente, ambientalmente, no desempenho do comércio”, diz Isaak. Para isso, há a necessidade de dissecar a operação e buscar melhorias em diversas frentes:
- Integração entre os gestores dos municípios, estados e união.
- Ouvir efetivamente o passageiro e aplicar as suas sugestões.
- A busca por aprimorar a experiência do passageiro desde o momento em que ele sai de casa.
- Investimentos em infraestrutura para evitar atrasos e permitir que o transporte público tenha prioridade para fugir de congestionamentos, especialmente em faixas e canaletas exclusivas.
- Definir um preço de passagem acessível, contemplando subsídios e outras contribuições voltadas a financiar o segmento.
- A necessidade de uma atuação proativa das políticas para solucionar questões de segurança pública.
- Dar transparência aos deslocamentos, permitindo um planejamento cada vez mais preciso.
Trata-se de uma soma de pontos de atenção que, ao evoluírem, podem transformar completamente a forma como os passageiros enxergam o ônibus e até mesmo favorecer a troca do transporte individual pelo coletivo. Assista ao vídeo e saiba mais detalhes sobre como as empresas da Região Metropolitana de Curitiba trabalham para atrair mais passageiros para o sistema a partir de um serviço confiável e de qualidade.
Até o próximo Metrocast!
- Confira o episódio 1 da segunda temporada sobre o Cartão Metrocard!
- Assista ao episódio 2, que discute o que realmente influencia o preço da passagem.
- No episódio 3, tratamos da criação de um marco regulatório para o setor.
