Área de pesquisa da PUCPR foi o destaque para colocação no ranking internacional. | João BorgesDivulgação
Área de pesquisa da PUCPR foi o destaque para colocação no ranking internacional.| Foto: João BorgesDivulgação

A colocação da PUCPR no ranking reforça a posição da universidade na busca por se tornar uma universidade de classe mundial. “A posição conquistada pela PUCPR, tanto na América Latina como no Brasil e, muito especialmente no Paraná, é resultado da profunda vivência da missão institucional pela sua comunidade acadêmica, na busca da mais alta qualidade e excelência em todos os níveis da universidade”, afirma o professor Waldemiro Gremski, reitor da PUCPR.

Veja a colocação da PUCPR na comparação com universidades paranaenses, brasileiras e latino-americanas

O THE avalia as instituições em cinco áreas: Ensino (ambiente de aprendizagem), Pesquisa (volume, investimento e reputação), Citações (influência internacional da pesquisa), Perspectiva Internacional (proporção de estudantes e professores estrangeiros e colaboração internacional em publicações científicas) e Recurso Vindo da Indústria (inovação). No caso da PUCPR, o quesito mais bem avaliado foi o de Citações, que representa 20% do peso da nota – a instituição paranaense foi a sétima melhor colocada neste índice entre todas as brasileiras e a primeira entre as paranaenses.

Pesquisa com foco em problemas globais

No entanto, é no campo de Pesquisa que a PUCPR acredita ter se destacado. “Esse posicionamento é o resultado de um planejamento estratégico institucional que investiu pesadamente na produção científica de impacto e na formação de seu corpo discente”, diz a pró-reitora de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação, Paula Trevilatto.

Segundo a metodologia do THE Latin America, a área de Pesquisa corresponde a 34% do peso da nota. “Temos uma pesquisa de qualidade e focada. Buscamos uma sintonia com problemas globais, que são grandes, complexos e interdisciplinares, e fugimos da quantidade”, explica. Atualmente a PUCPR conta com 220 pesquisadores vinculados aos 16 programas de pós-graduação stricto sensu da universidade. “Temos programas enxutos, mas com pesquisadores de excelência internacional”, diz a pró-reitora. 

A universidade tem como áreas estratégicas Direitos Humanos, Cidades, TICs (Tecnologias da Informação e Comunicação), Energia e Saúde e Biotecnologia. “São áreas prioritárias alinhadas com o desenvolvimento socioeconômico do Brasil”, diz Paula. A estratégia, afirma a pró-reitora, é aplicar os recursos de investimentos em pesquisas que trarão informações inéditas e originais e que possam ser convertidas em novo conhecimento ou inovação por meio de citações em trabalhos internacionais, o que se reverte também na ampliação do prestígio internacional da universidade.

O monitoramento da qualidade da pesquisa na PUCPR obedece padrões internacionais, como o Scimago Institutions Ranking, que mede a proporção da produção científica da instituição publicada nos periódicos mais citados do mundo. “Avaliamos os pesquisadores e temos rigor no acompanhamento”, afirma Paula. O objetivo a ser perseguido é manter uma curva de crescimento da produção científica de impacto internacional e fomentar a formação científica e empreendedora do estudante, desde a graduação, em projetos inovadores.

Impacto tecnológico

Universidade procurar desenvolver pesquisa focada em problemas globais
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Além dos parâmetros internacionais, que se refletem no desempenho do ranking latino-americano do Times Higher Education, a PUCPR percebeu, ainda, que sua pesquisa está provocando impacto tecnológico. “Nossos artigos de ciência aplicada estão sendo citados para gerar patentes, como observado no indicador Impacto Tecnológico do Scimago”, avalia Paula.

A pró-reitora também identifica ações na área de Ensino que estão colaborando para o reconhecimento internacional da PUCPR. “Somos menos conteudistas. Preferimos desenvolver competências nos alunos”, descreve. “Trabalhamos portfólio por competências. A preocupação crescente da universidade é de trabalhar os processos cognitivos do estudante em seus níveis mais altos e preparar seus egressos para profissões que ainda não existem em cenários que mudam rápido”, completa. O objetivo, diz Paula, é desenvolver o senso crítico e a autonomia do estudante e preparar o jovem para lidar de maneira inovadora com o mercado de trabalho.

Sobre o ranking 

O Times Higher Education World University Rankings (THE), fundado em 2004, fornece a lista das melhores universidades do mundo. Sua metodologia foi desenvolvida após mais de uma década de trabalho em consulta com as principais universidades do mundo. O Times Higher Education Latin America Rankings usa os mesmos 13 indicadores de desempenho do THE mundial para fornecer comparações que sejam confiáveis para estudantes, acadêmicos, líderes universitários, indústria e governo, com pesos recalibrados para refletir as características das universidades de economias emergentes. Para participar da avaliação, as IES devem cumprir uma série de requisitos, o que fez com que somente 32 universidades brasileiras fossem avaliadas.