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De 14 a 21 de dezembro acontece a Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea, uma data instituída pela Lei nº 11.930, de 22 de abril de 2009. O objetivo é esclarecer e conscientizar as pessoas sobre a importância da doação de medula e como isso pode salvar vidas. O Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME) participa ativamente da semana, com divulgações na imprensa e contato com os doadores já cadastrados. Neste ano o trabalho será voltado para a atualização do cadastro.

“Quando o doador entra no Registro, ele permanece até completar 60 anos de idade. Nesse tempo, é fundamental que ele lembre de informar sempre que alterar qualquer dado fornecido no momento do cadastramento (telefone, endereço, e-mail, etc). Se o doador não estiver com estes dados corretos, ele pode não ser localizado no momento em que for indicado como uma possível compatibilidade para um paciente”, conta Danielli Oliveira - médica hematologista do INCA e coordenadora técnica do REDOME/REREME. Ela acredita que a maior dificuldade no processo de doação é exatamente a manutenção do cadastro. Vale ressaltar que isso pode ser realizado facilmente no site redome.inca.gov.br

Atualmente, o REDOME possui 4.442.085 doadores cadastrados e faz parte de uma rede de colaboração internacional com cerca de 30 milhões de doadores. Isso o coloca na terceira posição no número de registro de doadores do mundo. “Apesar das dificuldades determinadas pela compatibilidade genética, atualmente, a maioria dos pacientes terá chance de encontrar um doador no REDOME. Aqueles que não identificam um doador compatível, realizamos a busca, também, em registros de outros países”, completa a médica. 

Lei Pietro 

 A Lei nº 11.930 que estabeleceu a Semana de Mobilização foi criada pelo deputado Beto Albuquerque (RS), e ficou conhecida pelo nome de um dos seus filhos, Pietro, que morreu aos 19 anos vítima de leucemia mielóide aguda. Depois disso o pai se engajou na causa da doação de medula óssea com o objetivo de ajudar a salvar vidas por meio da solidariedade das pessoas. Sancionada em 2009, a lei foi logo adotada pelo INCA, responsável pelo Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME), e demais entidades da sociedade civil que trabalham com doação de medula. Desde o primeiro ano, são promovidas diversas atividades durante a semana, de 14 a 21 de dezembro. 

Beto Albuquerque também foi autor do projeto que deu origem à Lei 13.289/2016, que concede o “Selo Empresa Solidária com a Vida” às companhias que adotarem políticas para estimular doação de sangue e de medula óssea entre seus funcionários. A lei foi promulgada em 2016. 

Para se tornar um doador de medula óssea é necessário ter entre 18 e 55 anos de idade; estar em bom estado geral de saúde; não ter doença infecciosa ou incapacitante; e não ter câncer, doença do sangue ou do sistema imunológico. Algumas complicações de saúde não impedem a doação, mas elas devem ser analisadas caso a caso. 

Sobre o projeto The Hardest Run 

Apenas 25% dos pacientes que precisam transplante de medula óssea encontram o doador ideal na família. O restante depende de familiares parcialmente compatíveis, bancos de cordão umbilical ou doadores de medula voluntários. Em razão disso, um cadastro amplo e atualizado é necessário para dar mais chances de cura a quem precisa do transplante. 

 O movimento The Hardest Run pretende chamar atenção das pessoas em todo o mundo e aumentar, de forma significativa, o cadastro de doadores de medula. A iniciativa reúne corredores de todos os tipos, amadores, profissionais e iniciantes para ajudar de alguma forma na doação de sangue e medula óssea, seja abastecendo o cadastro de doadores de medula, divulgando, doando sangue, mobilizando pessoas ou levando no peito o “red number”, número do cadastro da equipe. Tudo isso para aumentar as chances de encontrar um doador de medula óssea compatível que, de acordo com estatísticas, é de, pelo menos, 1 em 100 mil. 

Equipe The Hardest Run

Para fazer parte da equipe The Hardest Run basta se cadastrar e levar a causa onde e da forma que puder. A pessoa receberá um número vermelho exclusivo e que será dela para sempre. A ideia é usar esse número em provas de corrida que ela participar. Outras sugestões são: 

• Contar para amigos e familiares sobre o movimento, convidá-los para fazer parte e incentivar a contribuir com a causa, cadastrando-se como doador de medula ou como doador de plaquetas e granulócitos para pacientes. 

• Postar e compartilhar informações do movimento em suas redes sociais. Quando fizer postagens sobre corrida utilizar sempre a #thehardestrun #thehardestrunners ou #rednumberteam para reforçar que faz parte de uma equipe. 

• Se cadastrar como doador de medula óssea, plaquetas e granulócitos. 

• Ficar ligado nos canais do grupo, contribuir e/ou mobilizar pessoas quando chamados para entrar em ação. 

• Participar dos eventos e corridas temáticas. 

Qualquer pessoa de qualquer cidade ou país pode participar e ajudar. Para se inscrever como Hardest Runner e receber mais informações sobre o movimento basta acessar http://www.thehardestrun.com.br/

Além dos corredores, o movimento também conta com um grupo de apoiadores que prometem levar a causa ainda mais longe. The Hardest Run já conta com o apoio do estúdio Matilha, da produtora The Youth Films e da agência P+G. A correalização é do Hospital Nossa Senhora das Graças.