Arquitetura

5 lugares para visitar em Curitiba e conhecer a arquitetura

Willian Bressan
09/02/2016 17:22
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Do Largo da Ordem ao Templo das Musas: 5 lugares para conhecer a arquitetura da cidade. (Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo)

1 – Largo da Ordem
Com influências arquitetônicas portuguesa e alemã e construções que datam dos séculos XVIII e XIX, o Largo da Ordem, localizado no Centro Histórico, tem diversos prédios com importância histórica e cultural entre as ruas estreitas e calçadas de paralelepípedos. Entre os destaques, a Casa Vermelha, construída em 1891 pelo alemão Wilhem Peters, a Casa Hauer e Palacete Wolf (na Praça Anita Garibaldi e hoje um espaço administrado pela Fundação Cultural de Curitiba). Ali também se encontram a Igreja da Ordem, o Museu Paranaense, a Igreja do Rosário, Catedral Metropolitana, Casa Romário Martins, Ruínas do São Francisco, entre outras atrações históricas, além da feirinha do Largo da Ordem, realizada todo domingo desde 1973.
2 – Museu Oscar Niemeyer
O Museu Oscar Niemeyer (MON) é um dos principais cartões postais de Curitiba. Um de seus espaços, conhecido como “Olho” (pelo seu formato), é o principal chamariz de visitação e da construção arquitetônica. O local, inaugurado em 2002, é destinado às artes plásticas diversas, além de obras de arquitetura e design mundiais. O acervo do museu é composto por cerca de duas mil peças. Entre elas, estão obras dos paranaenses Alfredo Andersen, Theodoro De Bona, Miguel Bakun, Guido Viaro e Helena Wong, além de Tarsila do Amaral, Cândido Portinari, Oscar Niemeyer, Ianelli e Caribe. Com mais de 17 mil m² de área expositiva, o museu sedia diversas exposições. O projeto foi idealizado pelo arquiteto Oscar Niemeyer.
3 – As casas dos barões da erva-mate
Em 1906, o Palacete dos Leões abrigou o presidente Affonso Pena, na falta de hotéis de qualidade na cidade à época. Foto: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo.
Em 1906, o Palacete dos Leões abrigou o presidente Affonso Pena, na falta de hotéis de qualidade na cidade à época. Foto: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo.
Palacete dos Leões, Solar do Barão, Palacete Ascânio Miró, Vila Odete. Essas residências, que ainda hoje enchem os olhos dos curitibanos por sua suntuosidade arquitetônica, são remanescentes das propriedades construídas em fins do século 19 e começo do século 20 pelos “barões da erva-mate” – como são chamados os patriarcas das famílias que enriqueceram com comercialização da matéria-prima. Saiba mais na matéria publicada pela Haus.
4 – Casas de madeira
Arquitetonicamente falando, a casa não se encaixa em nenhuma tipologia conhecida pelos almanaques. É única. Sua exclusividade reside no pé direito externo, que foi aumentado para facilitar a habitabilidade do sótão. E a construção se torna ainda mais especial por guardar histórias da família Stenzel, cujo seu membro mais ilustre foi o escultor Erbo Stenzel (1911-1980). (Foto: Fred Kendi / Gazeta do Povo)
Arquitetonicamente falando, a casa não se encaixa em nenhuma tipologia conhecida pelos almanaques. É única. Sua exclusividade reside no pé direito externo, que foi aumentado para facilitar a habitabilidade do sótão. E a construção se torna ainda mais especial por guardar histórias da família Stenzel, cujo seu membro mais ilustre foi o escultor Erbo Stenzel (1911-1980). (Foto: Fred Kendi / Gazeta do Povo)
Além dos palacetes, há também entre os prédios de Curitiba exemplos da arquitetura tradicional de madeira como a Casa Estrela, considerada a única moradia inspirada na filosofia esperanto e na teosofia. A Casa Gomm, e a Domingos Nascimento Sobrinho (Iphan) também merecem ser visitadas.  Do estilo tradicional de construção de tábua e ripa com madeira de araucária, a casa Stenzel não passa despercebida. Para muitos, é apenas aquela casinha rosa abandonada no Parque São Lourenço. Erguida em 1928, sobrevive à umidade do parque, que a corrói sem discrição desde o dia em que foi transportada do bairro São Francisco em 1998. E resiste heroicamente ao descaso do poder público, que a mantém fechada há seis anos. A Fundação Cultural de Curitiba (FCC) informa que existe um projeto de reutilização do espaço, mas falta verba para tocá-lo.
5 – Tempo das Musas
Levantado em 1918 na Vila Izabel, o templo é o centro de estudos e confraternização do Instituto Neo-Pitagórico, uma espécie de confraria que se dedica ao desenvolvimento do ser humano por meio do estudo e da meditação, com base nos versos de ouro de Pitágoras para cultura, verdade, justiça, liberdade, paz, fraternidade e harmonia, como consta em seu próprio estatuto. Antes disso, a área do templo era apenas a chácara de seu fundador, o carioca de São Cristóvão, poeta e professor de história do Ginásio Paranaense, Dario Vellozo. Junto de Júlio Perneta, Silveira Neto e Antonio Braga, Vellozo formou o grupo “O Cenáculo”, que editou uma revista simbolista de mesmo nome entre 1895 e 1897.

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