Dia das crianças

Arquitetura

5 projetos voltados ao bem-estar e ao desenvolvimento dos pequenos

Vivian Faria, especial para HAUS
11/10/2023 14:11
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Aconchegante e estimulante à imaginação, aos sonhos e ao desenvolvimento. São essas as características essenciais de um ambiente voltado para os pequenos, seja ele um quarto, brinquedoteca ou espaço comercial com foco nesse público.
Para garanti-las, profissionais da arquitetura e do design de interiores trabalham com elementos naturais, texturas suaves e agradáveis ao toque e cores. Também pensam nas áreas específicas para brincadeiras, no acesso fácil a objetos pessoais e nos elementos que podem incentivar uma melhor interação com o ambiente, desde almofadas para sentar no chão até papéis de parede que contribuem para um aprendizado.
Na semana da criança, separamos 5 projetos que mostram, de diferentes formas, como esses elementos são combinados para garantir a alegria, o bem-estar e o desenvolvimento das crianças. Confira:

Aconchego para as brincadeiras

A Brincamundo, brinquedoteca de 28 metros quadrados assinada pela Maino Arquitetura Infantil, foi criada a partir da reforma de um espaço que já era usado por crianças, mas não tinha sido pensado para elas. “Só tinha um tapetinho de EVA e caixas de brinquedo, então, decidimos transformar o lugar num local aconchegante e preencher o espaço com elementos que estimulassem as crianças”, conta uma das sócias do escritório, Deborah Sommer.
Para a sensação de aconchego, a madeira, presente em tons naturais no piso, em painéis e casulos de leitura. “O espaço também conta com uma prateleira no estilo montessori que percorre o ambiente inteiro e permite que as crianças acessem facilmente os brinquedos e materiais. Ao longo da prateleira, fizemos casulos de leitura. Em um canto, há um mezanino circular, que é o lugar das aventuras”, conta a outra sócia do escritório, Anna Lemos. Papéis de parede, móveis soltos e outros elementos de decoração trazem cor ao espaço.

Espaço para sonhar

O quarto criado por Ieda e Carina Korman, do escritório Korman Arquitetos, traduz e alimenta um sonho: é que a criança que faz uso dele quer se tornar astronauta quando crescer. Para isso, um grande adesivo de parede representa a profissão e o espaço de forma lúdica. A marcenaria, por sua vez, conta com nichos coloridos em tons semelhantes aos do adesivo.

Área livre para brincadeiras

No quarto assinado pela Kids Arquitetura para a loja Sonhos de Ninar, são duas as características que se destacam: a primeira é que ele é composto exclusivamente de mobiliário solto. A única peça de marcenaria é o painel atrás das camas, usado também para criar iluminação indireta sem precisar acrescentar pontos de luz no teto. A segunda são as camas em L.
“Essa é uma disposição que buscamos quando há mais de uma cama. O mais tradicional são camas paralelas, mas isso ocupa muito espaço no meio do quarto. Com camas em L, o meio do quarto fica livre para brincadeiras”, conta a arquiteta e sócia do escritório Keyla Kinder. Nesse caso específico, embora sejam o mesmo móvel, as camas permitem detalhamento diferente: uma conta com escorregador e outra com espaço para armazenar pufes, que podem ser usados nas brincadeiras, levados para outros cômodos e até para outras crianças dormirem.

Estímulo à imaginação

Com marcenaria da cama que parece uma cerca e a decoração de uma parede simulando uma casa, o quarto criado pelas arquitetas Vanessa Paiva e Claudia Passarini, do escritório Paiva e Passarini Arquitetura, estimula as brincadeiras e a imaginação das crianças. Além disso, foi concebido para incentivar a autonomia da criança, com mobiliário que permite que ela desça da cama, pegue brinquedos e escolha suas roupas sozinha.

Sobriedade aliada à ludicidade

Nem só em quartos e brinquedotecas circulam as crianças. Por isso, na hora de desenvolver o projeto para uma clínica médica infantil, o engenheiro e designer de interiores Leonardo Tulli, do Tulli Studio, decidiu criar um ambiente que fosse agradável tanto para adultos quanto para crianças.
Para isso, misturou materiais mais sóbrios e neutros, como a madeira e o cimento queimado, a elementos infantis, como a pintura nas paredes, pontos de cor no mobiliário e o uso de cores e iluminação para criar “céus estrelados” na sala de exames e no lavabo.
“Como é um ambiente infantil, evitamos ao máximo trazer quinas. Logo na entrada, por exemplo, tem um banco com ponta arredondada”, conta Tulli. “Então, decidimos trazer essa linha mais orgânica para todos os elementos possíveis. No chão, onde há a divisão do cimento queimado, ela também é arredondada”, diz. O desenho se repete também no teto.

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